O Papa Francisco realizou nova visita na Itália, desta vez a Cesena e Bolonha. Chegou à primeira cidade por volta das 8h de helicóptero. À segunda, visita pouco depois para o Congresso Eucarístico Diocesano.

O primeiro encontro em Cesena foi com os cidadãos na Praça do Povo, aos quais ofereceu sua proximidade e recordou como deve ser a verdadeira política, que sirva ao bem comum e escute os jovens e os idosos.

“A centralidade da Praça manda a mensagem de que é essencial trabalhar todos juntos pelo bem comum”, assegurou ao começar sua intervenção.

Francisco aproveitou para pedir uma “boa política que não sirva a ambições individuais ou à prepotência de facções ou centros de interesse”. “Um política que não é serve nem chefe, mas amiga e colaboradora; não medrosa ou temerária, mas responsável e, portanto, corajosa e prudente ao mesmo tempo”.

É uma política “que não deixe aos marginalizados algumas categorias, que não saqueie os recursos naturais. Uma política que saiba harmonizar as legítimas aspirações dos indivíduos e dos grupos tendo o timão bem fixo sobre o interesse de toda a cidadania”.

O Bispo de Roma disse às pessoas que os escutaram nesta praça que “o rosto autêntico da política e sua razão de ser” é “um serviço inestimável ao bem de toda a coletividade”.

“Convido, por isso, aos jovens e menos jovens a se preparar adequadamente e comprometer-se e empenhar-se pessoalmente neste campo, assumindo desde o início a perspectiva do bem comum, rechaçando qualquer mínima forma de corrupção”.

“É hora de os jovens, mas também os idosos”, manifestou. “Dos primeiros porque têm a força de levar adiante o que for, dos idosos porque têm a sabedoria da vida e têm a autoridade de dizer aos jovens, também aos que são políticos: ‘olhe, sobre isso está errado, tome este outro caminho, pense um pouco’”.

“Em política, é hora dos jovens e dos idosos e, por favor, vão em direção a este caminho”, porque “esta relação entre idosos e jovens é um tesouro que devemos retomar”, disse, recebendo aplausos.

Também lançou um chamado a “exigir aos protagonistas da vida pública coerência de compromisso, preparação, retidão moral, capacidade de iniciativa, paciência”, entre outros aspectos.

Criticou o “limitar-se a observar da varanda” o que fazem os demais e, por isso, exortou a colaborar. “Sejam exigentes convosco mesmos e os demais”, sabendo que “o empenho consciente precedido por uma idônea preparação dará seu fruto e fará crescer o bem para a felicidade da pessoa”.

Por último, recordou que a política é chamada a “servir ao bem público, dirigir o mundo para diminuir as desigualdades, promover com medidas concretas o bem das famílias”.

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