De todos os cantos do planeta, diversos bispos expressaram seu apoio às famílias espanholas que neste sábado, dia 18, marcharão pelas ruas de Madri para manifestar-se a favor do autêntico matrimônio e os direitos da infância e reejeitar a iniciativa legislativa do Governo socialista que regularia os "casamentos" homossexuais.

Ao ânimo que a manifestação convocada pelo Foro Espanhol da Família (FEF) recebeu por parte numerosos setores, da Conferência Episcopal Espanhola até até milhares de organizações civis e federações de 27 nações representantes de 30 milhões de famílias no mundo, junta-se agora o de um significativo grupo de prelados da Ásia, Oceania, Europa e África.

Em declarações à agência Fides, o Arcebispo da diocese da Mãe de Deus em Moscou, Dom. Tadeusz Kondrusiewicz, disse que "não é concebível que em um país católico como a Espanha, com uma grande tradição Católica, onde o Evangelho foi proclamado desde séculos e que deu à Igreja Católica tantos místicos, possam acontecer coisas deste gênero. Por isso, apoio plenamente o empenho dos católicos na Espanha e de seus bispos".

"Devemos nos perguntar que educação poderão ter os filhos que não tiverem uma mãe e um pai que futuro terá a sociedade? Não podemos subvalorizar o papel importante e determinante da mãe na educação dos filhos e, além disso, na transmissão da fé. Entre nós se diz que a mãe faz a primeira cruz na testa de seu filho. Pude experimentar pessoalmente a importância disso nos tempos do ateísmo imposto pelo estado", acrescentou.

Por sua vez, da Coréia do Sul –onde os experimentos sobre clonagem de embriões realizados pelo professor Hwang despertaram um debate que dividiu ao país–, o Arcebispo de Kwangju e Presidente da Conferência Episcopal, Dom. Andreas Choi Chang-Mu, apoiou os bispos espanhóis em sua defesa da vida e a família.

"Apoiamos a iniciativa valente da Espanha em defesa da vida e a família. Dizemos aos bispos da Espanha: a Igreja da Coréia está convosco, enquanto que tratam de defender em sua nação os fundamentais valores morais e sociais. Pedimos que o Senhor esteja convosco e que seu importante compromisso dê bons resultados", expressou o Prelado à Fides.

Horas prévias ao evento que espera reunir 500 mil manifestantes, e depois das mensagens de apoio enviadas por outros episcopados na Ásia como os do Paquistão e Mongólia, desde o Sri Lanka, Dom. Oswald Gomis, Arcebispo de Colón, deu seu apoio pleno aos bispos espanhóis e membros de associações familiares na manifestação em favor da vida e a família", expressando "sua solidariedade neste argumento tão importante que afeta a essência mesma da vida familiar, de cristãos e não cristãos".

Depois de assegurar que "o matrimônio homossexual viciaria toda estrutura da vida familiar e da sociedade humana", Dom. Gomis assinalou através de um comunicado que "é um fato que existem na sociedade muitas pessoas que têm tendências homossexuais, mas o remédio é não legalizar o não natural".

Ilhas do Pacífico e África apóiam

Do mesmo modo, das longínquas ilhas do Oceano Pacífico, às antípodas da Europa, chegaram mensagens de solidariedade às famílias e Igreja espanholas pelo 18-J. Em uma mensagem enviada a agência vaticano Fides, a Igreja das Ilhas Salomão expressou "seu completo apoio à posição dos bispos da Espanha".

Em uma mensagem da Conferência Episcopal, os bispos afirmaram acreditar no autêntico matrimônio com seu "duplo objetivo: união de vida e procriação". Assim, continua a nota, "as uniões do mesmo sexo não realizam estes objetivos. Antes bem, reforçam o egoísmo das pessoas e são completamente daninhas para as crianças que eventualmente se adotam".

Em outro ponto do planeta, no continente africano, vozes como as dos bispos da Madagascar e Ruanda se elevaram para oferecer seu apoio à causa familiar na Espanha.

O Arcebispo de Toliara e Presidente da Conferência Episcopal da Madagascar, Dom. Fulgence Rabeony, declarou que "a visão da família como instituição natural que tem sua origem em Deus deve ser sempre apoiada e são muito bem recebidas todas as iniciativas a respeito".

Na mesma região, desta vez em Ruanda, o Bispo de Gikongoro, Dom. Augustin Misago, aderiu-se à manifestação organizada pelo FEF pois, "como cristãos africanos olhamos com preocupação para a Europa". "Aderimo-nos à preocupação da Igreja espanhola e universal sobre os ataques contra a família entendida como uma instituição de direito natural", disse o Prelado.