O Arcebispo de Corrientes, Dom Domingo Castagna, afirmou que os cristãos com vocação para a vida política devem orientar seu comportamento conforme ao modelo do Bom Pastor para assim responder “às expectativas das pessoas”.

O Prelado explicou que quando fala em “pastor”, não só se refere aos bispos e sacerdotes, mas também a aqueles que assumem a tarefa de guiar a sociedade.

“Pastor é quem representa a solicitude de Deus pelos homens, sobre tudo pelos mais carentes por causa da pobreza, a exclusão social, a solidão e a enfermidade. Entre eles estão quem desempenha a grave responsabilidade de ensinar e governar”, precisou.

Assinalou que infelizmente há muitos que simulam sê-lo, mas com suas atitudes desorientam aos cidadãos e, de pessoas esperançadas, convertem-nos em seres deprimidos e desamparados.

Dom Castagna explicou que quem quer ser um bom pastor, deverá ter presente que sua missão é sacrificar sua vida pelo povo ao qual serve, para o que, previamente, tem que ter passado por anos de cuidadosa formação.

“As virtudes que terá que cultivar diariamente não admitem outro propósito que o ‘serviço humilde’ a quem o tem eleito ou, em outros sistemas de governo, ao povo para o qual foi eleito”, afirmou.

Por outro lado, o Prelado denunciou “os estragos morais causados por uma crença religiosa puramente formal”, onde se prefere o discurso acadêmico irrelevante à palavra profética que chama à conversão.

Disse que apesar das críticas pelo anúncio da verdade, a Igreja seguirá esforçando-se “por respirar a vida de fé dos cristãos mediante a Palavra e os Sacramentos”.

“Se a fé se fizer vida disporemos de homens e mulheres cristãos no inescapável trabalho de evangelizar a política e o amplo campo das responsabilidades temporárias”, afirmou Dom Castagna.