MADRI, 15 de jun de 2005 às 15:02
Em seu último discurso breve na Rede COPE chamado "A família sim importa, na hora mais crítica de sua história", o Arcebispo de Madri, Cardeal Antonio María Rouco Varela, advertiu que da estabilidade e prosperidade da família "depende decisivamente o bem e a salvação da pessoa e de toda a sociedade".A família "importa tanto, que de sua estabilidade e prosperidade depende decisivamente o bem e a salvação da pessoa e de toda a sociedade", assegurou.
Segundo o Cardeal, a experiência ensina que "não há em toda a história da humanidade nenhuma civilização nem nenhuma cultura pensadas e construídas socialmente à margem da família, nascida e estruturada em torno da união firme e estável do homem e a mulher".
"Nem se dá tampouco uma opção real de poder viver a própria condição pessoal do ser humano de nascer, ser criado e educado dignamente! à margem do pai e da mãe e esse de primeiro âmbito e fundante de relação e comunidade que se estabelece entre eles e com eles", apontou.
Para o Cardeal, "o matrimônio e a família são realidades que estão enraizadas na própria natureza do homem: pertencem à essência e estrutura fundamental de seu ser". Por isso, não podem "ser modificadas, trocadas a seu arbítrio ou manipuladas por nenhum poder humano. É mais, têm a Deus como autor", disse.
Certamente, acrescentou o Cardeal Rouco, "a realização da forma própria do matrimônio e da família como foi estabelecida desde o começo’ e no princípio’ de seu ser e de sua história por Deus está afetada pela ferida do pecado e a fragilidade conseguinte da liberdade humana". Entretanto, explicou, "o que não se pode aceitar é a pretensão de querer reduzir o matrimônio e a família a um mero ‘produto cultural’ suscetível de ser vivido e regulado como cada um queira ou às correntes e poderes mais influentes da sociedade".
E se for o Estado quem "dispõe-se a estabelecer no ordenamento jurídico uma fórmula que nega a essência mesma do matrimônio, o dano que se causaria ao bem da verdadeira família, aos filhos e a toda a sociedade seria incalculável", sentenciou.