Começou no Vaticano o processo contra Giuseppe Profiti e Massimo Spina, acusados de ter desviado fundos da Fundação Bambino Gesú, que administra o hospital do mesmo nome em Roma.

Na audiência no Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano, os advogados nomeados dos dois acusados pediram que os jornalistas que estavam presentes saíssem da sala, alegando que incomodavam ao expressar com gestos que discordavam ou aceitavam do que estavam dizendo.

Conforme as normas vigentes, o processo deve ser público e, por isso, o presidente do Colégio de Juízes, Papanti Pellettier, não autorizou o pedido.

Os advogados argumentaram que o Vaticano não tem jurisdição no caso, pois os fatos ocorreram no território italiano, porque a sede da fundação está lá, e na Inglaterra, para onde o dinheiro foi enviado.

Entretanto, o promotor de justiça e o Tribunal confirmaram que o fato ocorreu no momento em que disponibilizaram o ingresso através de contas de APSA (Administração do Patrimônio da Sede Apostólica), portanto, no Vaticano.

Um dos assuntos tratados foi uma carta escrita pelo Cardeal Tarcisio Bertone, ex-secretário de Estado, que explicaria os fatos. Tanto o Presidente quanto o Promotor de Justiça fizeram um acordo em estudar o assunto. Além disso, é possível que o Purpurado seja citado como uma testemunha na investigação.

Os fundos supostamente foram usados pelo empreendedor chamado Bandera, para realizar trabalhos em um imóvel do Governo do Vaticano destinado à residência do Secretário de Estado emérito.

O julgamento continuará nos dias 7, 8 e 9 de setembro.

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