O homem que tentou assassinar o Pe. Miguel Ángel Machorro em maio deste ano,após a celebração da Missa na Catedral Primaz do México, “está muito lúcido” e não quer ser considerado um “doente mental”, disse uma legisladora mexicana que se reuniu recentemente com o agressor.

Juan René Silva Martinez, de 32 anos, tentou degolar o Pe. Machorro no dia 15 de maio, aproximadamente às 18h45 (hora local). Depois da resistência do sacerdote, Silva Martinez o feriu no pescoço e causou sangramento intenso.

Pe. Machorro foi levado para o Hospital Municipal Ángeles Mocel, na Cidade do México, e permaneceu na terapia intensiva até o dia 20 de junho, quando foi transferido para a área de cuidados intermediários. Os médicos explicaram que “ainda há um longo caminho a percorrer em sua reabilitação neurológica e pulmonar” e advertiram que é muito provável que o Pe. Machorro sofra uma “grave deficiência motora e respiratória permanentemente”.

Atualmente, o sacerdote continua se recuperando na casa de um membro da sua família, com sérios problemas de mobilidade na metade do corpo.

Um relatório de especialistas indicou que o agressor do Pe. Machorro apresenta um “transtorno psicótico” e um juiz o encaminhou ao Centro de Reabilitação Psicossocial para Homens (CEVAREPSI) na Cidade do México, enquanto durar o processo judicial.

Em recentes declarações à imprensa mexicana, Rebeca Peralta León, deputada e vice-presidente da comissão especial de prisões da Assembleia Legislativa do Distrito Federal (ALDF), indicou que se reuniu com Silva Martínez em 6 de julho, no CEVAREPSI.

Durante o seu encontro, disse Peralta León, o agressor do Pe. Machorro se expressou “fluentemente e está muito lúcido”.

“Há alguns dias conversei com ele. Eu visitei o CEVAREPSI e conversamos. O que ele expressa é que não há motivo para permanecer nesse lugar, prefere estar em uma prisão normal, aceita a sua responsabilidade e quer assumi-la. Ele se expressa fluentemente e está muito lúcido”, disse a deputada.

Peralta León expressou que duvida da “inimputabilidade” de Silva Martínez devido a um “transtorno psicótico”, pois “se todas as pessoas que cometem agressões ou homicídios são consideradas doentes mentais estaríamos falando de inúmeras pessoas”.

“Eu não sou médica, psicóloga ou psiquiatra, mas esta pessoa apresenta as características de uma pessoa normal, é totalmente contrário a que o considerem inimputável”, disse.

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