O controvertido pesquisador de células estaminais embrionárias e responsável pelo primeiro embrião humano clonado, Hwang Woo-suk, irá se reunir em breve com o Arcebispo de Seúl, Dom. Nicholas Cheong Jin-suk, para tratar o tema da pesquisa em seu campo.

"Dom. Cheong Jin-suk assinalou que deseja encontrar-se pessoalmente com Hwang para compartilhar suas idéias sobre o tema", conforme se anunciou mediante uma nota de imprensa, instantes depois de que Hwang expressasse seu desejo de reunir-se com os líderes católicos do país.

"A entrevista se efetuará logo que Hwang voltar dos Estados Unidos", diz o comunicado da diocese. Hwang participa destes dias em Houston de um evento relacionado a suas pesquisas.

Em uma entrevista concedida a Yonhap News Agency, Hwang indicou que deseja encontrar-se com líderes religiosos para debater suas idéias. "Não há razão para não me reunir com eles e estabelecer um diálogo. É um passo que devo dar para continuar em minhas pesquisas", manifestou.

No sábado, o Arcebispo de Seúl emitiu um comunicado no qual assinalava que "o trabalho do professor Hwang acarreta graves conseqüências porque atenta contra a vida, embora sua pesquisa busque cura para doenças que ainda não a têm".

O documento gerou um intenso debate em Internet e levou alguns a afirmar que a Igreja se opõe totalmente à pesquisa de células-tronco; quando na realidade –conforme se indicava em um segundo comunicado do mesmo sábado– a oposição se refere à pesquisa com células-tronco provenientes de embriões, porque o uso de células adultas não implica risco moral algum.

Hwang se tornou conhecido internacionalmente ao clonar o primeiro embrião humano. Em seguida, em maio deste ano anunciou que sua equipe tinha obtido –com suas controvertidas pesquisas– células-tronco a partir de embriões que se adaptam geneticamente aos tecidos de pessoas doentes e/ou feridas.