A Conferência Episcopal Venezuelana (CEP) enviou uma carta ao presidente Nicolás Maduro na qual solicita, entre outras coisas, que retire a convocação de uma Assembleia Constituinte.

Maduro convocou uma Assembleia Constituinte no dia 1º de maio para modificar a Carta Magna de 1999, aprovada por Hugo Chávez. Em meio à rejeição da oposição e de vários países da região, no próximo dia 16 de julho acontecerá um plebiscito no que se resolverá se os cidadãos venezuelanos estão de acordo com seu estabelecimento.

“Estamos convencidos de que se o senhor (Nicolás Maduro) quer resolver a grave crise de escassez de alimentos, remédios e de insegurança, que está causando incontáveis vítimas”, assim como “devolver à Venezuela sua plena institucionalidade democrática, contemplada na atual constituição nacional, é urgente retirar a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte”, indicaram os Bispos da Venezuela em sua carta, assinada no dia 8 de junho.

Além disso, assinalaram que se deve “reconhecer a autonomia dos poderes públicos e trabalhar conjuntamente com eles, particularmente com a Assembleia Nacional e a Procuradoria Geral da República” e “assumir e implementar os acordos que foram alcançados na primeira roda de diálogo com a oposição”.

Em seguida, pontuaram que o Papa Francisco segue “com grande preocupação a situação que o povo venezuelano vive” e recordaram alguns de seus pronunciamentos mais recentes.

Entre esses, a mensagem do Pontífice de 2 de julho: “Asseguro a minha oração por esta querida nação e exprimo a minha proximidade às famílias que perderam os seus filhos nas manifestações de rua. Faço um apelo para que se coloque fim à violência e seja encontrada uma solução pacífica e democrática para a crise. Que Nossa Senhora de Coromoto interceda pela Venezuela!”.

Finalmente, os bispos venezuelanos manifestaram ao presidente Maduro sua disposição de se colocar “a serviço do encontro e da reconciliação entre todos os venezuelanos, pelo caminho que assinala o Santo Padre Francisco”.

“Pedimos a deus que o ilumino e conceda a coragem necessária para que permita uma saída democrática do país e fazê-lo seguir pelos caminhos da convivência, da justiça e da paz”, concluíram.

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