O Papa Francisco “acompanha com afeto e comoção” o caso do pequeno Charlie Gard, que sofre de uma doença terminal e que teriam os aparelhos que o mantêm vivo desligados nos próximos dias contra a vontade dos pais, mas com a autorização do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.

O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, divulgou em um comunicado que “o Santo Padre acompanha com afeto e emoção o caso do pequeno Charlie Gard e manifesta a sua proximidade aos seus pais”.

Charlie, atualmente com 10 meses de idade, sofre de síndrome do esgotamento mitocondrial, uma doença genética rara que afeta poucas crianças em todo o mundo. O mal provoca uma fraqueza muscular progressiva e pode causar a morte durante o primeiro ano de vida.

Os pais do bebê, Chris Gard e Connie Yates, arrecadaram mais um milhão de dólares para levar seu filho aos Estados Unidos, para submetê-lo a um tratamento experimental. Os médicos do Hospital Great Ormond Street, em Londres (Reino Unido) foram contra esta decisão e determinaram que os aparelhos seriam desligados.

Chris Gard e Connie Yates junto ao pequeno Charlie.

Chris e Connie começaram uma batalha legal que terminou em 27 de junho com uma decisão do Tribunal Europeu de Direitos Humanos em favor do hospital e dos tribunais britânicos, considerando “inadmissível” a apelação dos pais do bebê.

Em 30 de junho, o dia em que iam desligar os aparelhos do pequeno Charlie, sua mãe anunciou no Facebook que depois de um diálogo com as autoridades do hospital, “concordaram em nos dar um pouco mais de tempo com Charlie”.

Burke assegurou que o Papa Francisco “reza por eles, fazendo votos de que não seja negligenciado o seu desejo de acompanhar e cuidar do próprio filho até o fim”.            

Em uma declaração recente, a Igreja Católica na Inglaterra e País de Gales assinalou que a sentença do Tribunal Europeu de Direitos Humanos que permitirá desligar os aparelhos de Charlie é “desoladora” e expressou suas orações pelos pais e familiares de Charlie para que possam “encontrar a paz nos próximos dias e semanas”.

Por sua parte, o presidente da Academia Pontifícia para a Vida, Dom Vincenzo Paglia, garantiu que ao bebê e aos seus pais que “estamos rezando por e com vocês”.

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