Organizadores da manifestação a favor do matrimônio e a família de 18 de junho em Madri (18-J) denunciaram diversas "rasteiras políticas e administrativas" por parte da Delegação do Governo em Madri como a denegação aos manifestantes de um trajeto que, curiosamente, foi aprovado para a próxima parada do "Orgulho Gay".

Os organizadores da manifestação, que protestará contra as políticas anti-família do Governo socialista, criticaram que se for impedido "o percurso inicial previsto entre Cibeles e Colón, com a desculpa de que ocupar o eixo da Castelhana paralisaria Madri. Entretanto, o trajeto restringido à manifestação pró-família é o que se aprovou para a parada do Orgulho Gay que seria algumas semanas depois".

Do mesmo modo, o Foro Espanhol da Família (FEF), que convocou a manifestação sob o lema "A família SIM importa", criticou que as respostas às diversas consultas formuladas à Delegação são "silêncios que nada resolvem e brigas contínuas".

Por sua vez, a plataforma civil HazteOir.org denunciou que "a Delegação ainda não solucionou o estacionamento dos mais de 600 ônibus que se prevê que cheguem à capital" neste sábado. Sobre o transporte, asseguram, "terá que acrescentar os ‘repentinos problemas’"que está provocando a Rede Nacional de Ferrovias na Espanha (RENFE) ao "reduzir a previsão de lugares e vagões para as possíveis viagens de volta".

Em um comunicado da plataforma, afirma-se que "do próprio comitê organizador se fala de ‘servilismo’ por parte da Delegação do Governo, que ‘trata de entorpecer o êxito de uma manifestação que mostrará a nula vontade de diálogo do Executivo’". Da mesma maneira, manifestou seu temor de que os números sejam manipulados, "como já aconteceu escandalosamente na manifestação das vítimas do terrorismo".

Segundo HazteOir.org, os organizadores se perguntam "até que ponto" Constantino Méndez, Delegado do Governo, "tenta boicotar uma iniciativa civil e democrática, pondo sua tarefa de serviço público como arma partidarista e sectária em benefício de Zapatero".

O FEF convocou à manifestação a favor da família e o matrimônio para expressar a "disconformidade com a pretensão de mudar o conceito de matrimônio e família que se deriva da mesma natureza do ser humano: a união permanente de uma mulher e um homem, com vistas a compartilhar seu amor, a gerar filhos de forma responsável e a educá-los de acordo com seus valores e sua visão da vida humana", assinalaram em HazteOir.org.