A Conferência Episcopal Espanhola (CEE) emitiu uma nota em que apóia e alenta a manifestação convocada pelo Foro Espanhol da Família (FEF) contra a lei que equipararia as uniões homossexuais ao matrimônio nesse 18 de junho em Madri e que prevê reunir 500 mil pessoas que reafirmem o valor da família e do matrimônio. 
Depois de qualificar a manifestação como uma “causa justa”, o Comitê Executivo do Episcopado assinalou que “nos achamos diante de uma questão da maior transcendência moral e social que exige dos cidadãos, em particular dos católicos, uma resposta clara e incisiva por todos os meios legítimos”.
“Os fiéis leigos respondem adequadamente ao desafio quando fazem uso de seus direitos democráticos a expressam seu desacordo manifestando-se pacificamente. É um modo legítimo de cumprir com seu dever ao serviço do bem comum”, acrescentou o comunicado que leva por título o lema da manifestação “A família sim importa”.
O Comitê destaca que a CEE censurou em duas ocasiões a legislação que daria status de matrimônio às uniões homossexuais e permitiria a adoção de menores por estas, pois supõe uma “corrupção” do matrimônio, “uma instituição vital e insubstituível para as pessoas e para a sociedade”. Para os bispos, a decisão do Governo degradará o matrimônio, que “deixaria de ser a união de um homem e uma mulher”.
Com este comunicado, o conjunto dos bispos espanhóis oficializa seu respaldo à iniciativa da FEF, apoio que a título particular já tinham brindado alguns prelados como os arcebispos de Madri e Valladolid, Cardeal Antonio María Rouco e Dom Braulio Rodríguez respectivamente, os bispos de Málaga, Dom Antonio Dorado, da Calahorra e Calzada-Logroño, Dom Juan José Omella. Até antes de que a sua renúncia ao governo da diocese de Mondoñedo-Ferrol fora aceita, Dom José G Escolano tinha expresso seu terminante respaldo à manifestação do 18-J.
Sevilha irá sim
Por sua parte, através de um breve comunicado, o Arcebispo de Sevilha, Cardeal Carlos Amigo Vallejo, assumiu “em todos e cada um de seus termos, a nota publicada pelo Comitê Executivo da Conferência Episcopal Espanhola” em referência à manifestação do 18-J.