Durante a entrevista coletiva oferecida no avião que o trazia de volta a Roma de sua peregrinação a Fátima com motivo dos 100 anos das aparições da Virgem, o Papa Francisco assinalou que existem avanços na normalização das relações com a Fraternidade Sacerdotal São Pio X (FSSPX), mais conhecidos como lefebvrianos ou lefebvristas, e que o trato mútuo é de fraternidade.

Perguntado sobre uma possível reconciliação iminente, o Santo Padre descartou todo tipo de “triunfalismo”. Indicou que a Congregação para a Doutrina da Fé ainda está estudando um documento. Entretanto, “o estado atual das relações é de fraternidade”, assegurou.

Neste sentido, explicou que “o ano passado dava a licença para a confissão a todos eles, também uma forma de jurisdição para o matrimônio”.

Além disso, assegurou que “com Dom (Bernard) Fellay temos uma boa relação, falamos algumas vezes. Eu não gosto de apressar as coisas…, caminhar, caminhar…, e logo já veremos. Para mim não é um problema de vencedores ou de vencidos. É um problema de irmãos que devem caminhar juntos procurando a forma de dar passos adiante”.

A FSSPX foi fundada pelo Arcebispo Marcel Lefebvre em 1970, em resposta ao que descreve como erros na Igreja depois do Concílio Vaticano II. Suas relações com a Santa Sé ficaram mais tensas em 1988 quando Dom Lefebvre consagrou quatro bispos sem permissão de São João Paulo II. A consagração ilícita deu lugar à excomunhão deles cinco. Lefebvre morreu em estado de excomunhão.

Em 2009 Bento XVI levantou a excomunhão que pesava sobre estes 4 prelados e depois disto as negociações entre os lefebvristas e o Vaticano continuaram para "reencontrar a plena comunhão com a Igreja”.

Em 1 de abril de 2016 a Santa Sede e a FSSPX informaram que houve um encontro informal entre o Papa Francisco e o superior geral dos lefebvristas, o bispo Bernard Fellay no Vaticano.

Ainda continuam os diálogos em vistas à inserção da FSSPX na plena comunhão da Igreja Católica.

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