Um argentino chamado Jorge, o mesmo nome do Santo Padre, a sua esposa portuguesa e os seus dois filhos Francisco e Jacinta, farão parte do cortejo do Ofertório durante a Missa de canonização dos dois pastorinhos videntes de Nossa Senhora de Fátima no sábado, 13 de maio.

Jorge Hernán Sosa trabalha como vigilante-sacristão no Santuário de Fátima. Em declarações ao site oficial da visita do Papa Francisco a Fátima, afirmou que o convite para participar na missa de canonização dos pastores Francisco e Jacinta o surpreendeu.

“É difícil falar de emoções fortes como estas. Preencheu-me completamente, deixou-me cheio de alegria e de gratidão”, expressou.

“Não há mérito nenhum. Fui escolhido e estou muito grato, estamos todos muito gratos. Todos os nossos familiares, amigos e vizinhos estão também muito contentes. Sabemos que vamos representar todas essas pessoas. Só esperamos ser dignos desta responsabilidade”, prosseguiu.

Sosa afirmou que para a sua família este convite “foi mais uma razão para rezar com maior intensidade. A nossa oração agora está focada na canonização dos dois filhos amados, aprendemos a amar. Por que nossos filhos são chamados de Francisco e Jacinta”.

Jorge Sosa conheceu Isabel, portuguesa, em Buenos Aires. Casaram em 2005 e decidiram viver em Portugal, em Pombal, região onde viviam os pais de Isabel.

Em Portugal, Sosa trabalhou em vários ofícios, enquanto Isabel arranjou trabalho como professora. Em 2008, responderam a um anúncio, foram entrevistados e aceitos no Santuário, local onde sempre quiseram trabalhar. Ele como vigilante e Isabel no acolhimento de peregrinos.

“Quando nos casamos, Isabel me disse que o melhor lugar para irmos viver seria Fátima. Foi sempre o local onde quisemos viver e criar a nossa família”, comentou.

Acrescentou que tudo isso foi sempre um sinal de que a Providência Divina “nunca deixou de olhar por este pequeno ‘chaquenho’”. “Quando andamos perto do abismo, Deus olha por nós e não nos deixa cair. O que nos aconteceu foi sempre isso”, afirmou.

“As graças que vamos receber na celebração deste Centenário e na Canonização, só as vamos perceber mais tarde. Só sei que é uma luz que nos cega e que pouco a pouco vamos compreender. Não há sombras. É uma luz que nos ilumina e nos conduz”, destacou.

“Tenho a certeza de que com o tempo irei consegui entender isto tudo, explicar tudo e perceber qual foi a minha missão”, indicou o argentino.

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