O Papa Francisco receberá o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na quarta-feira, 24 de maio, às 8h30, no Palácio Apostólico no Vaticano, informou hoje a Santa Sé.

Depois do seu encontro com o Pontífice, o presidente norte-americano se reunirá com o Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, que estará acompanhado pelo Secretário para as Relações com os Estados, Dom Paul Gallagher.

Esta é a primeira viagem de Trump ao exterior, como presidente dos Estados Unidos, e também inclui Arábia Saudita, Israel, assim como Bélgica e Itália.

Trump visitará Bruxelas (Bélgica) em 25 de maio, para a cúpula da OTAN, e na sexta-feira, 26, viajará a Sicília (Itália), para o encontro do G7.

Desde que era candidato do Partido Republicano, Trump e o Papa Francisco tiveram divergências sobre temas como a imigração e o desejo do presidente dos Estados Unidos de construir um muro ao longo da fronteira com o México.

Em 18 de fevereiro do ano passado, durante a coletiva de imprensa no voo que levou Francisco a Roma  depois da sua visita ao México, o jornalista da agência Reuters, Philip Pullella, perguntou ao Pontífice sobre a política de imigração proposta pelo então candidato Trump.

“Uma pessoa que pensa somente em levantar muros, seja onde for, e não a fazer pontes, não é cristã. Isso não está no Evangelho”, disse o Santo Padre. Em seguida, acrescentou “dou o benefício da dúvida” ao então candidato.

Por sua parte, Trump acusou o governo do México de usar o Papa como um “peão”, porque só escutou “um pedaço da história”. Além disso, afirmou que o Pontífice é “uma pessoa muito política” que não entende os problemas dos Estados Unidos.

Em 19 de fevereiro do mesmo ano, o então porta-voz da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, disse à Rádio Vaticano que o comentário do Papa “nunca pretendeu ser, de maneira alguma, um ataque pessoal ou uma indicação de como votar” e que havia repetido um tema constante em seu pontificado, que é a construção de pontes.

Por sua parte, os bispos dos Estados Unidos tiveram respostas mistas durante os primeiros cem dias da administração de Trump, criticando seu plano para os refugiados e imigrantes e louvando suas medidas pró-vida.

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