Em uma enérgica missiva, o Bispo de Machala e Presidente da Conferência Episcopal Equatoriana (CEE), Dom Néstor Herrera Heredia, rechaçou rotundamente o recente pronunciamento dos sacerdotes Miguel Olmedo e José Luis Molina, no que julgam levianamentea João Paulo II e Bento XVI.

No documento o Prelado rechaça “os critérios vertidos por estes dois sacerdotes na sexta-feira 3 de junho através de Rádio La Luna julgando levianamente e em forma desrespeitosa ao anterior Sumo Pontífice João Paulo II e ao atual, Bento XVI, e aos Senhores Cardeais que o elegeram”.

Dom Herrera também deplora as declarações concedidas ao jornal El Comércio nas que os sacerdotes espanhóis “menosprezam ao clero equatoriano tachando-o de sacrificar sua liberdade porque seguem a seus Pastores e de  qualificar à Igreja como uma monarquia”.

Em efeito, nessa edição do mencionado jornal apareceu um artigo titulado “Miguel Olmedo, sacerdote espanhol, refuta a Raúl Vela, Arcebispo de Quito”. Nele, o sacerdote ataca ao clero equatoriano ao afirmar que “neste momento, a Igreja precisa uma forte autocrítica, porque os sacerdotes sacrificam sua liberdade à submissão de um clero equatoriano que está organizado como uma monarquia e não como um povo de Deus”.

O Bispo de Machala rechaça o afirmado pelo Pe. Olmedo porque provém de “quem deveria sentir estima e gratidão pelo clero equatoriano que os acolheu em seu país e lhes deu a oportunidade de exercer aqui seu ministério sacerdotal, o mesmo que foi questionado por seu próprio Bispo (de Xerez) tal como o manifesta quando escreve ao Arcebispo de Quito: ‘Meu presbitério não apóia absolutamente o comportamento destes sacerdotes e rezamos para que o Senhor ilumine suas mentes e lhes dê sentimentos de verdadeiros sacerdotes católicos para que não sigam machucando à Igreja de Cristo e escandalizando aos mais indefesos’”.

O Presidente da CEE finaliza sua missiva rechaçando os pronunciamentos dos sacerdotes rebeldes e lhes negando “o direito a qualificar aos sacerdotes, aos que vieram ajudar”.