Assim como em anos anteriores, o Papa Francisco presidiu a celebração da Paixão do Senhor na Basílica de São Pedro, no Vaticano, desprovida de todo ornamento e iluminada com uma luz tênue, em uma cerimônia caracterizada por sua sobriedade.

O pregador da Casa Pontifícia, Pe. Rainiero Cantalamessa, pronunciou, como vem sendo habitual, a homilia. Nela, explicou como a cruz constitui “a única esperança do mundo”.

O Pe. Cantalamessa, que também recordou os 38 cristãos coptos assassinados no Egito nos atentados da semana passada, explicou que a morte do Jesus na cruz “mudou o próprio sentido da morte”.

Neste sentido, assinalou que “o coração de carne, prometido por Deus nos profetas, já está presente no mundo: é o Coração de Cristo transpassado na cruz, o que veneramos como ‘o Sagrado Coração’. Ao receber a Eucaristia, acreditam firmemente que esse coração deve pulsar também dentro de nós”.

Na sexta-feira Santa, a Igreja recorda o drama da morte de Cristo na Cruz, uma cruz que, elevada sobre o mundo, oferece um sinal de salvação e esperança à humanidade. Neste dia, a liturgia contempla a Paixão de Cristo segundo o Evangelho de São João.

Neste dia não se celebra a Eucaristia. Antes do começo da cerimônia, os celebrantes se prostram no chão, perante o altar. É um símbolo de como a humanidade implora perdão por seus pecados. Assim o fez o Papa Francisco, vestido de púrpura em lembrança do sangue de Jesus derramado no Calvário, durante a celebração na Basílica de São Pedro.

O Santo Padre, prostrado no chão, orou durante uns minutos junto a todos os fiéis ajoelhados presentes na Basílica. Depois desse instante de oração silenciosa, o Pontífice, com a ajuda dos acólitos, ficou de novo em pé e houve a proclamação da Palavra.

Depois das leituras, descobriu-se a cruz adorada com a seguinte aclamação pronunciada três vezes: “Eis o lenho da Cruz, do qual pendeu a salvação do mundo. Vinde adoremos!”.

Embora não haja consagração, sim se comunga a hóstia consagrada na celebração da Quinta-feira Santa. Até o ano 1995, quando o Papa Pio XII reformou a Semana Santa, só o sacerdote comungava na sexta-feira Santa. Agora todo o povo fiel pode fazê-lo. Se expressa assim a participação de todos na morte salvadora de Cristo: a Igreja recebe assim o Corpo de Cristo entregue pela salvação da humanidade.

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