Durante a audiência geral de ontem, o Papa Francisco saudou os participantes do encontro sobre migrações realizado nestes dias em Roma e recordou que “o problema dos refugiados, dos imigrantes, é hoje a maior tragédia depois da Segunda Guerra Mundial”.

O Santo Padre encorajou “a continuar seu empenho para acolher e dar hospitalidade aos refugiados e imigrantes, favorecendo a sua integração e levando em conta os direitos e deveres recíprocos de quem acolhe e quem é acolhido”.

Os movimentos migratórios aumentaram nos últimos anos, como consequência da guerra no Oriente Médio, da instabilidade política no Norte da África, dos conflitos na África subsaariana ou das desigualdades econômicas entre as diferentes regiões do mundo.

Segundo dados da ONU, desde o começo da guerra na Síria, 4 milhões e 900 mil pessoas fugiram do país, além de registrar 6 milhões e 300 mil refugiados deslocados dentro de suas fronteiras. Em 2015, mais de um milhão de pessoas fugiram do Oriente Médio para a Europa. Além disso, 3 mil e 700 refugiados morreram no Mediterrâneo tentando chegar à Europa.

Entretanto, atualmente esta não é a única crise migratória. No Iêmen, no sul da Península Arábica, onde seus habitantes também sofrem uma guerra civil há alguns anos, 3 milhões de pessoas estão deslocadas. Embora algumas tenham começado a voltar, a ONU adverte o alto índice de fome sofrida pelos seus cidadãos.

Também no Sudão do Sul, na África, 1 milhão e 600 mil pessoas abandonaram as suas casas frente à violência que o país sofre desde a sua independência em 2011; como na Nigéria, onde 2 milhões e 700 mil civis se refugiaram em Chade e Camarões para fugir da violência do grupo terrorista Boko Haram.

A ONU indica que, atualmente, no mundo, há um total de 65 milhões e 300 mil pessoas deslocadas por causa da violência e da falta de recursos.

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