O Papa Francisco saudou e abençoou nesta manhã um grupo de fiéis da China que, quebrando o protocolo, aproximaram-se dele durante a audiência geral de quarta-feira.

Os fiéis, alguns dos quais se aproximaram de joelhos até Santo Padre, seguravam bandeiras da China e, entre soluços, pediram a bênção de uma imagem de Nossa Senhora de Fátima que levaram até a Praça de São Pedro.

A princípio, alguns guardas suíços tentaram impedir que os peregrinos se aproximassem do Pontífice, mas Francisco rapidamente evitou e compartilhou alguns momentos com eles.

Entre os peregrinos havia algumas crianças, às quais o Pontífice dedicou alguns minutos.

A Igreja Católica na China

A China permite o culto católico apenas à Associação Patriótica Católica Chinesa, subalterna ao Partido Comunista Chinês, e rechaça a autoridade do Vaticano para nomear bispos e governa-los.

A Igreja Católica fiel ao Papa não é completamente clandestina, embora seja constantemente assediada.

As relações diplomáticas entre a China e o Vaticano se romperam em 1951, dois anos depois da chegada ao poder dos comunistas que expulsaram os clérigos estrangeiros.

Há alguns anos, a Santa Sé trabalha em um acordo para o restabelecimento das relações diplomáticas coma China, uma aproximação incentivada pelo Papa Francisco.

Em agosto de 2014, enquanto se dirigia para à Coreia do Sul, o Santo Padre enviou um telegrama ao presidente da China, Xi Jinping, quando seu avião sobrevoava o espaço aéreo do país para expressar-lhe seus melhores desejos e enviar uma bênção para esta nação.

O fato de que o Papa tenha recebido a permissão para sobrevoar o espaço aéreo chinês foi considerado como um pequeno avanço. O Papa João Paulo II teve que evitar o espaço aéreo deste país durante suas viagens à Ásia.

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