Uma organização católica na Nova Zelândia exortou a uma cadeia televisiva local a não transmitir os controversiais desenhos animados Popetown por considerá-los ofensivos ao catolicismo.

Family Life International (FLI) escreveu uma carta aos diretores da cadeia televisiva C4, em que assinalavam sua “consternação pela futura emissão do altamente ofensivo” programa de desenhos animados Popetown.

Popetown foi produzido pela cadeia BBC de Londres, mas finalmente decidiu não transmitir o programa logo depois de receber muitas queixa por resultar muito ofensivo para os católicos.

Brendan Malone, porta-voz do FLI, indicou que Popetown é uma brincadeira total à liderança, prática e crenças dos católicos”. O retrato que faz do Papa é “simplesmente desrespeitosa e degradante”, adicionou.

Quem criou o programa afirmam que o personagem principal é “um excêntrico homem de 77 anos com o encanto de um detestável pequeno de 7,  que gosta tanto do Padre Nicholas que chega a tomar banho com ele”.

Os desenhos animados também mostram aos cardeais como personagens sinistros, corruptos e enriquecidos, junto a um jornalista obcecado pela fama.

Para o Malone, “as explicações dos criadores do programa, que afirmam que não quiseram ofender a ninguém e que ‘não se trata do Vaticano mas sim da hierarquia e a burocracia em qualquer empresa’, são absolutamente ridículas”.

“Popetown –prossegue– está ambientado no Vaticano, os personagens são membros do clero, cardeais, religiosas. A Igreja Católica não é uma empresa. Embora os criadores digam o contrário, este programa tem tudo que ver com o Vaticano”.

Malone faz um chamado para que outros católicos escrevam aos diretores de C4 para que expressem seu mal-estar e seu rechaço à transmissão deste programa.