O Papa Francisco recebeu uma delegação da “Mesa Redonda” de Roma da “Global Foundation” (fundação internacional de caridade) e denunciou que o dinheiro e os governos do mundo não podem marcar a agenda da sociedade e ser indiferentes ao sofrimento do homem.

“É inaceitável, assim como desumano, um sistema econômico mundial que descarta homens, mulheres e crianças pelo fato que pareçam ser inúteis segundo os critérios de rentabilidade de empresas e outras organizações”.

Francisco acrescentou que descartar as pessoas “constitui um retrocesso e uma desumanização de qualquer sistema político ou econômico: quem causa ou permite o descarte de refugiados, o abuso ou a escravização de crianças, a morte de pobres nas ruas por frio e fome, se transforma em máquina sem alma. Mais cedo ou mais tarde, eles também serão descartados... é um bumerangue; esta é a verdade, serão descartados quando não forem mais úteis a esta sociedade, que colocou em seu centro o deus-dinheiro”.

O Papa recordou que São João Paulo II e Bento XVI advertiram anteriormente sobre esta situação “verificada amplamente”. Apesar disto, “indivíduos e instituições foram desenvolvendo múltiplos esforços para recuperar os prejuízos de uma globalização irresponsável”.

Sobre isto, recordou Madre Teresa de Calcutá, canonizada por ele em setembro do ano passado, que é “um símbolo e um ícone de nossos tempos e representa estes esforços”.

“Ela acolheu toda vida humana, os não nascidos, abandonados e descartados e elevou a sua voz aos poderosos da terra, a fim de que reconhecessem os crimes da pobreza causada por eles mesmos”, sublinhou o Pontífice.

Ao finalizar o seu discurso, pediu que não sejam “indiferente às feridas dos pobres, mas aprender a compartilhar com aqueles que sofrem pelas perseguições, pela solidão ou pela separação das suas famílias”, assim como “aqueles que não tem acesso à saúde, aqueles que tem fome, frio ou calor”.

“A política e a economia, de fato, devem compreender o exercício da virtude da prudência”, acrescentou.

O Santo Padre animou novamente a levar adiante a Doutrina Social da Igreja e a ajudar os mais desfavorecidos.

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