A Abadia de Westminster, sede principal da comunhão anglicana no mundo, emitiu um comunicado no que rechaça os enganos factuais que apresenta o livro O Código Dá Vinci sobre este recinto e nega ceder suas instalações para a rodagem de sua versão cinematográfica.

Os responsáveis pela Abadia prepararam umas folhas informativas para que os guias turísticos possam corrigir ante os visitantes os enganos nos quais Brown incorre em seu livro quando se refere a Westminster.

O comunicado critica a novela, qualificando-a como “teológicamente incorreta” e assinala entre seus enganos, a menção a detectores de metal que simplesmente não existem na Abadia, desmentem que Alexander Pope tenha falado no funeral do Isaac Newton, e descartam que esfregando as tumbas de latão da abadia se possa obter a imagem das pessoas enterradas ali.

“Apesar de sua popularidade, O Código Dá Vinci é teológicamente incorreto. Por essa razão não podemos animar ou respaldar as polêmicas e caprichosas sugestões religiosas e históricas feitas no livro, assim como sua visão do cristianismo e do Novo Testamento”, indica o comunicado.

Uma porta-voz da Abadia manifestou que as folhas que se estão começando a distribuir só procuram corrigir os enganos da novela. “Recebemos muitos turistas, especialmente dos Estados Unidos, que perguntam coisas que têm lido no livro. Com estas folhas nossos guias poderão responder com os fatos na mão“, adicionou.

Soube-se que o filme, protagonizado por Tom Hanks, será filmado em outros cenários de Londres como a Catedral Lincoln, que já aceitou o pagamento de 100 mil libras (180 mil dólares) para que a rodagem possa efetuar-se em dita locação.