Depois de presidir a oração do Ângelus no domingo, o Papa Francisco rezou, junto com os peregrinos presentes na Praça de São Pedro, para que na República Democrática do Congo, “se realize um diálogo com serenidade que evite qualquer tipo de violência, e pelo bem de todo o país”.

O país africano atravessa um período de turbulências políticas ante a negativa do atual mandatário, Joseph Kabila, de abandonar o cargo hoje, apesar de que assim esteja estabelecido na Constituição.

A negativa do Executivo a facilitar a formação de um novo governo mediante a convocação de eleições poderia desatar uma espiral de violência com consequências imprevisíveis, que inclusive ameaça se expandir a outros países da região.

À negativa do presidente Kabila em abandonar o poder é somado o aumento da repressão contra líderes opositores, contra defensores de direitos humanos e civis que mostraram seu rechaço à deriva autoritária da República Democrática do Congo.

A Igreja Católica está se esforçando para encontrar uma solução para o conflito e tenta resolver a situação favorecendo o diálogo e a negociação entre governo e oposição.

Hoje, dia no qual expira o mandato constitucional do atual governo, os opositores convocaram mobilizações por todo o país para forçar a demissão de Kabila. Ao mesmo tempo, diversos grupos armados, com uma grande presença nas regiões orientais do país, advertiram que a partir do dia 19 de dezembro as forças armadas e policiais perderam a sua legitimidade. Há um certo temor de que a partir desta declaração de hoje comece uma onda de ações violentas que possam causar um enfrentamento civil.

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