A diocese de Málaga  tornou público seu apoio à manifestação do próximo 18 de junho em Madri, a favor do matrimônio e a família e contra o projeto do Governo para equiparar as uniões entre homossexuais ao matrimônio e permitir a estes casais a adoção de filhos.

O Bispo de Málaga e presidente da Comissão de Ensino e Catequese da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), Dom. Antonio Dorado Soto, e o Secretariado de Pastoral Familiar de sua diocese expressaram seu apoio à iniciativa do Foro Espanhol da Família que espera reunir  500 mil manifestantes procedentes de toda a Espanha.

Em uma missiva dirigida a seus sacerdotes, Dom. Dorado Soto faz referência à mensagem so Papa Bento XVI, com motivo do V Encontro Mundial das Famílias, a celebrar-se em junho de 2006 em Valência: "A Igreja não pode deixar de anunciar que, de acordo com os planos de Deus, o matrimônio e a família são insubstituíveis e não admitem outras alternativas".

Por sua vez, o Secretariado recorda em um comunicado referendado pelo Conselho Pastoral Diocesano, no que se explicam os motivos pelos que se apóia a manifestação, que "há diversas associações e movimentos que promoveram viagens para fazer-se presente em Madri".

Com este recente apoio, são até o momento três os prelados que têm tornado público seu apoio à manifestação: o Bispo de Mondoñedo-Ferrol, Dom. José Gea Escolano; o Bispo auxiliar de Madri, Fidel Herráez e, o Bispo de Málaga,

Embora em nível institucional a CEE não apoiará esta convocatória, os diversos bispos terão a possibilidade para mobilizar  seu clero, religiosos e movimentos que se desempenham em sua respectivas diocese.

O projeto governamental será debatido a partir desta quarta-feira no Senado, no seio da Comissão de Justiça. A portas fechadas, as diversas formações políticas realizarão suas contribuições ao texto do Governo que já conta com duas propostas de veto apresentadas pelo Partido Popular (PP) e por Convergência e União (CiU). O texto deverá ser votado pelo último pleno da câmara, antes das férias, nos dia 22 de junho.

Objeção de consciência

O PP também apresentou várias emendas para que a futura norma reconheça o direito à objeção de consciência a autoridades e funcionários. O grupo popular reconhece que a objeção de consciência é um direito constitucional que forma parte do direito fundamental à liberdade ideológica, religiosa e de pensamento da pessoa.

Do mesmo modo, as emendas do PP procuram estabelecer um período de “vacatio legis” que entre em vigor seis meses depois de sua publicação, com o fim de que as administrações possam fazer frente às mudanças introduzidas pela norma.

De outro lado, CiU defenderá uma emenda para garantir a celebração destas uniões no consistório eleito pelos contraentes, embora o prefeito se negue às oficiar. O CiU acredita que desta forma se garante o respeito aos direitos de ambas as partes, tanto dos prefeitos que por suas convicções não desejem oficiar estes matrimônios, como dos casais homossexuais que desejam celebrar sua união no consistório eleito por elas.