As Damas de Branco, movimento integrado por esposas e mães de dissidentes presos que toda semana rezam na igreja de Santa Rita pela libertação de seus familiares, reclamaram à polêmica presidenta das Mães de Praça de Maio, a argentina Hebe de Bonafini, ter uma reunião para que conheça os abusos do regime que ela apóia.

Bonafini, comunista conhecida por seu anticatolicismo,  identificou-se como a porta-voz das mães dos desaparecidos durante o regime militar argentino, mas seu envolvimento em diversas campanhas radicais e seus furiosos ataques contra a Igreja causaram rupturas em seu grupo.

As Damas de Branco enviaram uma carta a Bonafini, que visitará  a capital Havana para participar do encontro internacional ''Contra o terrorismo, pela verdade e a justiça'' patrocinado pelo governo de Fidel Castro.

A intenção das Damas é ''expor a situação que enfrentam, nossos filhos, maridos e pais'', na prisão desde março de 2003. Alguns destes dissidentes cumprem penas de até 25 anos de prisão.