O Arcebispo de Rosário e Presidente da Conferência Episcopal Argentina (CEA), Dom Eduardo Mirás, assinalou que "a Eucaristia não é um prêmio a nossos méritos mas sim um estímulo para o amor", durante a Eucaristia celebrada pela Solenidade de Corpus Christi.

Também indicou que este sacramento "é o alimento que nos faz fortes para poder viver a liberdade do Evangelho e nos compromete ao esforço cotidiano para não nos desentender das necessidades do próximo".

O Prelado recordou que "embora oculto sob os véus do pão e o vinho, o Senhor não se deixa ver neste sacramento, entretanto nos permite perceber claramente sua presença no gozo que alcançamos sentindo sua proximidade, nas inspirações que põe em nossos corações frente às perguntas com que nos curvam as angústias de cada dia e na serenidade que nos produz saber que Cristo nos acompanha e participa de nossa pobre vida humana".

"Este sublime alimento –continuou– que não é um manjar material, mas uma pessoa viva com a que se tem a mais íntima e misteriosa das comunhões, nos reúne em um só corpo. Por isso é impossível fazer verdadeira comunhão com Cristo se estamos divididos, ou guardamos rancor, ou não estamos dispostos a nos reconciliar".

O Presidente da CEA destacou que "Jesus está na Eucaristia entregue por nós para nos converter em uma família de irmãos que têm um mesmo Pai. Inclui a todos no compromisso de transformar o mundo em fraterno. Pede-nos que sejamos evangelicamente solidários e caridosos com outros, porque Cristo também está identificado com os outros".

"Nossa participação em seu Sacrifício seria vã –prosseguiu– se chegarmos a ele com o coração salpicado de aversões a outros. A Eucaristia não é simplesmente um símbolo que recorda a uma pessoa ausente. junto com o sinal da comida e a bebida se oferece a realidade, que é a pessoa de Cristo".

"Na Eucaristia, temos já, embora velada pelas aparências do pão e do vinho, a realidade para a que encaminhamos gozosamente nossa existência, que é o Senhor ressuscitado em cujo rosto se reflete a glória do Pai. Somente assim se entendem os sentimentos de adoração e de júbilo que tem o fiel em presença do Santíssimo", concluiu.