As organizações pró-vida dos Estados Unidos elogiaram o anúncio do presidente eleito Donald Trump sobre a nomeação do republicano Tom Price, congressista pelo estado da Geórgia, como o próximo secretário de Serviços Humanos e de Saúde (HHS).

“Em particular, os fortes valores pró-vida (...) de Price o tornam o homem adequado para reformar uma agência que foi danificada por sua agressiva agenda abortista”, disse Ashley McGuire, membro do ‘The Catholic Association’.

McGuire assinalou em uma declaração que estão seguros de que Price “finalmente porá fim ao mandato anti-liberdade religiosa de HHS, assim como também introduzirá reformas integrais para restaurar a agência (e convertê-la) em uma que promova realmente uma atenção da saúde e respeite a vida humana e a dignidade”.

Como membro do Congresso, Price recebeu 100% de qualificação da organização pró-vida Susan B. Anthony List. Antes dos seus seis períodos como congressista, o republicano atuou como cirurgião ortopédico e também ensinou aos residentes do ‘Grady Memorial Hospital’, em Atlanta.

“Há muito trabalho a ser feito para assegurar que tenhamos um sistema de saúde que funcione para os pacientes, as famílias e os médicos; que lidere no mundo na cura e prevenção de doenças; e que esteja baseado em regras sensatas que protejam o bem-estar do país, ao mesmo tempo que adote o seu espírito inovador”, afirmou Price no último dia 29 de novembro.

Enquanto estava no Congresso, Price patrocinou um projeto de lei que foi a resposta dos republicanos à Lei de Cuidado de Saúde Acessível, também conhecida como ‘Obamacare’. O ‘Empowering Patients First Act’ de 2015 procurou sem êxito a derrogação da lei de saúde e a sua substituição por uma nova política.

‘Susan B. Anthony List’ celebrou a “excelente eleição” do Price e destacou seu “histórico pró-vida”, assim como seus esforços no Congresso para retirar o financiamento da Planned Parenthood.

“Como secretário do HHS desempenhará um papel chave no desenvolvimento de uma sólida proposta de reforma da atenção médica que proteja a vida e as consciências e que também promova opções para pessoas e famílias com baixa renda”, assinalou a organização.

A nomeação de Price é significativa por duas razões. Se substituir a lei atual de atenção médica, sua política poderia atingir milhões de pessoas, especialmente aqueles que compraram seguros nos intercâmbios estatais, receberam subsídios federais para seguros ou conseguiram a cobertura através de ‘Medicare’.

Além disso, também poderia acabar com o controverso mandato da lei que obriga virtualmente todos os empregadores a incluir anticoncepcionais, esterilizações e remédios que induzem o aborto em seus planos de saúde.

Em relação ao mandato abortista da administração de Obama, que provocou processos de centenas de organizações religiosas sem fins lucrativos e de empresários que alegavam que infringia suas crenças religiosas, em 2012 Price disse a um jornalista que “isto é um pisoteio da liberdade religiosa neste país”.

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