CARACAS, 31 de mai de 2005 às 11:59
O Bispo de Los Teques, Dom Mario Moronta, recordou aos venezuelanos que “celebrar, adorar e contemplar” são as três atitudes que os católicos devem observar em cada Eucaristia.
Durante sua visita ao Santuário do Santo Cristo da Grita, Dom Moronta refletiu sobre a importância da Eucaristia na vida de cada cristão, o papel do celebrante, o cuidado da liturgia e a atitude dos fiéis.
Segundo o Bispo, “é um engano pensar que a celebração é só do sacerdote. Ele é essencial para que possa realizar-se; mas todos os outros participam da celebração. Não como simples espectadores de um drama ou de um ato de recordação. Os mesmos ritos nos permitem introduzir-nos no fato da celebração”.
Do mesmo modo, advertiu que “há um tempo e um lugar para a celebração, a fim de que todos possam participar adequadamente” e “mais que cumprir uma norma, a celebração é uma necessidade e algo mais: é um fato essencial do qual não pode prescindir nenhum cristão nem nenhuma comunidade eclesiástica”.
“A norma existe para ajudar aos fiéis. Mas muito importante é o fato de que celebrar é fazer memória, é comemorar um mistério de fé”, explicou.
Segundo Dom Moronta, “a celebração se prepara ao longo dos dias, com a família, com a comunidade, com a própria vida. Prepara-se fazendo realidade o que ela encerra, a centralidade do mistério de Cristo na própria existência. E logo se continua, ao encher com a sua força de comunhão e salvação todos os atos e realidades da própria existência pessoal e comunitária”.
Do mesmo modo, advertiu que “a adoração começa no mesmo momento quando começa a celebração” e esclareceu que “isto faz que os ritos de toda a primeira parte sejam realizados com dignidade: uma adequada e séria proclamação da Palavra de Deus, uma respeitosa explicação da mesma na homilia; uma séria participação nos outros ritos e orações”.
Além disso recordou que “todo ato de fé deve conduzir à contemplação”. “Contemplar é conseqüência de celebrar e adorar. Se de verdade celebrarmos seriamente a Eucaristia e não reduzimos a celebração a um mero conjunto de ritos que terá que cumprir, de seguro terminaremos contemplando”, indicou.
Para o Bispo “em nossa sociedade, é muito importante que nos abramos à dinâmica do contemplar. Tudo passa rápido e não temos tempo de desfrutar de uma imagem, uma paisagem. Podemos voltar para eles, graças à fotografia ou ao filme... mas não nos convida a contemplar”.
“Diante do fato eucarístico, estas três atitudes, celebrar, adorar e contemplar, não podem ir separadas. Pode uma pessoa possivelmente intensificar algum desses elementos. Mas os três têm que ir muito unidos, porque têm um mesmo foco comum, a fé; e um mesmo centro focal, Cristo. O que é necessário é assumi-las com simplicidade e conseguir faze-lo de tal maneira que demonstremos que então a Eucaristia é o centro, cume e fonte da vida cristã”, concluiu.