“Mediante o vosso serviço, vós sois chamados a desempenhar uma função crítica em relação a estas perspectivas contrárias ao humano”, disse o Papa Francisco aos jovens voluntários do Serviço Civil Nacional italiano, aos quais recebeu em audiência no Vaticano, no dia 26.

Os jovens, disse o Santo Padre, tem “uma função profética capaz de demonstrar quanto seja ainda possível continuar a pensar e agir de maneira diferente”.

O Papa destacou diversas áreas de intervenção dos projetos do Serviço Civil que, conforme indicou, merecem uma atenção especial. Em primeiro lugar, a proteção do meio ambiente “tendo presente o critério de uma ecologia humana que permita reconhecer a relação entre o cuidado do meio ambiente e do homem”.

Porque as pessoas sofrem “as graves consequências da degradação do meio ambiente”, disse, “especialmente os pobres”.

“Outra área de ação na qual devem estar especialmente presentes – continuou o Pontífice – é no âmbito de ajuda aos refugiados e aos migrantes, os quais pedem ser socorridos e integrados no tecido social”.

Neste sentido, destacou e elogiou o compromisso da Itália. “A Itália é positivamente empenhada nesta obra. É um exemplo”, assinalou.

O Papa destacou também outros projetos educativos e assistenciais do Serviço Civil Italiano, “especialmente o acompanhamento das crianças, jovens, pessoas com deficiência, marginalizados, necessitados”.

Por outro lado, consolou as vítimas dos terremotos que destruíram o centro da Itália há poucos meses. “Nestes meses se requer um especial cuidado às pessoas afetadas pelo terremoto, por isso renovo a minha proximidade e carinho”, disse.

Francisco assegurou aos jovens voluntários: “Vós sois uma força preciosa do país; o vosso contributo é indispensável para realizar o bem da sociedade, tendo em conta sobretudo os mais frágeis”.

O Papa recordou que “o projeto de uma sociedade solidária constitui um objetivo de cada comunidade civil que queira ser igualitária e fraterna”.

“Esta meta – advertiu – é traída cada vez que se assiste passivamente ao aumento das desigualdades entre as partes sociais ou entre as nações do mundo; quando se reduz a ajuda às faixas mais vulneráveis da população; quando se aceitam perigosas lógicas de rearmamento e são investidos preciosos recursos na compra de armas; ou ainda, quando o pobre se torna uma ameaça e ao invés de lhe estendermos a mão, o relegamos à sua miséria”.

Francisco assinalou que “todas estas atitudes uma ferida em nossa sociedade e cultura, incluindo critérios e praxis orientados à cultura da indiferença e da subjugação e que tornam mais pobre a vida não só de quem é discriminado, mas também de quem esquece ou discrimina”.

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