O Papa Francisco surpreendeu durante a Audiência Geral nesta quarta-feira na Praça de São Pedro, ao contar uma anedota que ocorreu há poucos dias e que reflete muito bem a atitude que os cristãos devem ter em relação às pessoas que precisam de ajuda.

“Há alguns dias, aconteceu uma pequena história: Havia um refugiado que procurava um caminho e uma senhora se aproximou, perguntando-lhe o que procurava”, começou a contar Francisco.

“O refugiado estava descalço e disse que queria ir a São Pedro para atravessar a Porta Santa. A senhora parou um táxi porque viu que ele estava sem sapatos. Mas o refugiado cheirava muito mal e o taxista não queria levá-lo, mas finalmente aceitou levá-lo junto com a senhora”.

“Ela pediu para que ele contasse a sua história durante o percurso de dez minutos até a Praça de São Pedro. O homem contou a sua história de dor, sofrimento e fome e contou também porque foi obrigado a fugir de sua casa”, acrescentou o Papa.

“Quando chegaram – continuou – a senhora quis pagar o táxi, mas o taxista, que a princípio não queria levar o migrante porque cheirava mal, disse que não porque ele é que teria que pagar a senhora por ter dado a ele a oportunidade de escutar uma história que mudou seu coração”.

Deste modo, “esta senhora, tendo sangue armênio, sabia o que significava ser parte de um povo que é obrigado a fugir”. “Pensem nessa história e pensem no que podem fazer pelos refugiados”, concluiu.

Na catequese desta quarta-feira, o Santo Padre insistiu na ajuda que se deve dar aos refugiados e imigrantes: “O compromisso dos cristãos neste campo é urgente hoje como no passado” e envolve todos: “As dioceses, as paróquias, os institutos de vida consagrada, as associações e os movimentos são chamados a acolher os irmãos e as irmãs que fogem da guerra, da fome, da violência e de condições de vida desumanas”, disse o Papa.

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