O Vaticano acolheu na sexta-feira, 7 de outubro, como um dos eventos principais do Jubileu Mariano a celebração sinfônico-catequética “O sofrimento dos inocentes”, na qual participaram 7.000 pessoas de vários países do mundo.

O ato foi organizado pelo Caminho Neocatecumenal em colaboração com a Santa Sé por ocasião do Jubileu da Misericórdia.

Na Sala Paulo VI, a orquestra e o coral deste carisma eclesial interpretaram a sinfonia composta pelo espanhol Kiko Argüello, iniciador e responsável pelo Caminho Neocatecumenal, que descreve através da música a dor da Virgem ao ver Jesus na cruz.

 

Participaram do evento vários cardeais, entre eles: Robert Sarah, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos; George Pell, responsável pela Secretaria para a Economia do Vaticano; Fernando Filoni, Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, e Josef Cordes, Presidente emérito do Pontifício Conselho Cor Unum, que presidiu o encontro.

O Papa Francisco não pôde estar presente e há alguns dias enviou uma carta a Argüello na qual expressou sua “admiração pela obra de anúncio do Evangelho desenvolvida através desta manifestação musical”. Do mesmo modo, Bento XVI enviou uma saudação por meio da qual expressou seu desejo de participar a pedido do Papa Francisco, mas revelou ao mesmo tempo que devido à sua saúde não seria possível. “Acredite que não é fácil dizer ‘não’”, diz na missiva. Não obstante, “estarei espiritualmente com vocês nesse momento”. Na carta, expressou também sua admiração pelos dons musicais de Argüello: “Admiro sua capacidade musical, lembro-me com alegria e gratidão da execução de sua sinfonia em Auschwitz”.

“O Sofrimento dos Inocentes” já foi interpretado em diversos países e lugares, como Nova Iorque, Chicago, Jerusalém, Fukushima (Japão), Budapeste, Madri ou ante a chamada “Porta da Morte” do campo de concentração dos nazistas na Polônia.

A Celebração teve início com algumas palavras de Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização e organizador do Jubileu da Misericórdia, que falou da importância de ter presente os “inocentes do mundo atual” e destacou a importância deste evento para a Igreja.

Em declarações ao Grupo ACI /EWTN, Argüello explicou que “nesta celebração sinfônico-catequética é apresentado o sofrimento da Virgem Maria ao ver como matam o seu filho, uma dor tão grande que atravessa a alma, uma espada, um sofrimento semelhante ao que toda mãe sente diante da morte de seus próprios filhos, vítimas inocentes de violências inauditas, ao longo da história sem misericórdia dos massacres perpetrados até hoje”.

 

“Dom Fisichella nos pediu para realizar este evento no dia 7 de outubro, dia de Nossa Senhora do Rosário, em cuja data é comemorada a Batalha de Lepanto. Este combate se refere ao período no qual os muçulmanos dominavam o mediterrâneo e sequestravam as pessoas a fim de exigir dinheiro pelo resgate delas”, explica Argëllo.

“Chama-se Nossa Senhora do Rosário porque o Papa Pio V ao ver este sofrimento, esta marca que durava tantos anos, pediu aos cristãos que rezassem o Rosário à Virgem Maria. Os muçulmanos foram vencidos e acabou o seu domínio. Em comemoração deste grande acontecimento, no qual todos os cristãos rezaram o rosário, foi instituído este dia”.

“Quantos sofrimentos no mundo atual, quantas vítimas inocentes de catástrofes como o terremoto que golpeou o centro da Itália! A linha vermelha da violência que provoca terror e morte, as guerras e a tragédia dos refugiados, vidas interrompidas de homens e mulheres e, sobretudo, de crianças”, afirma também o iniciador do Caminho.

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