O Papa Francisco anunciou no último domingo a criação de 17 novos cardeais em novembro deste ano, na véspera do encerramento do Jubileu da Misericórdia; e o primeiro da lista foi o Núncio Apostólico em Damasco (Síria), Dom Mario Zenari, um Prelado italiano que afirmou que “esta púrpura vai à Síria, às vítimas da Síria”, afetadas por uma guerra civil de cinco anos e onde continuará servindo depois do consistório.

Em declarações à Rádio Vaticano, Dom Zenari expressou sua emoção pelo anúncio do Papa, o qual foi uma surpresa. “Agradeço de coração ao Santo Padre, porque esta púrpura vai à Síria, às vítimas da Síria, a todos aqueles que sofrem com este terrível conflito” e que continuam pagando pelas suas consequências.

Do mesmo modo, indicou que a decisão do Papa Francisco de que após o consistório permaneça na Síria, é algo novo. “Diria que o Papa usa palavras, palavras muito fortes em suas mensagens, e neste caso usa também um fato: criar cardeal uma pessoa que é núncio na Síria. E aqui diria que é um acontecimento muito, muito eloquente: é algo novo, um núncio cardeal que permanece núncio ali na nação em que trabalha!”, assinalou.

A respeito das consequências que isto pode causar na Síria, o futuro Cardeal disse que “gostaria de que este sinal do Santo Padre fosse utilizado o mais possível”.

“E sinto a força, sinto o impulso, sinto este sinal forte do Santo Padre por trás da minha pobre pessoa e dos meus limites... Portanto, me sinto encorajado e posso dizer que esta missão como núncio é realmente encorajada e apoiada pelo Santo Padre. E certamente trará algum benefício a mais neste sinal de proximidade, inclusive nesta maneira tão nova que o Papa utilizou”.

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