A Arquidiocese de Valência (Espanha) enviou uma carta na qual pede “respeito e reciprocidade” para com o Cardeal Antonio Cañizares ante os reiterados ataques que sofreu. Indicam que “já chegou a hora de deter a distorção de suas palavras” e desmentem as acusações que foram feitas ao Purpurado.

Na última segunda-feira, o Cardeal Antonio Cañizares foi novamente repreendido e insultado por um grupo de pessoas que o esperavam na Colegiata de Gandía, onde celebrou a festa de São Francisco de Borja, Padroeiro da localidade.

Ante os ataques que o Cardeal sofreu nos últimos meses, enviaram uma carta da Arquidiocese de Valência através da qual explicam que esse tipo de manifestações e insultos vai contra “os princípios de liberdade, tolerância e conciliação, com os quais o Arcebispo rege esta Diocese”.

Além disso, sublinham que esta “ofensa reiterada ao Arcebispo Cañizares só pode ser realizada por aqueles que não o conhecem ou não querem conhecê-lo”, por isso asseguram que a melhor maneira de desmentir os acontecimentos é “dando testemunho, do que transmite constantemente à Cúria”.

“Se esta ignorância da verdade procede de representantes públicos, deveria haver elementos democráticos que limitassem ações claramente reprováveis, para evitar o desemparo de quem é vítima de suas acusações”.

Por isso, “em consonância com a Arquidiocese de Valência, que advoga constantemente pelos princípios de reconciliação e de unidade, simplesmente solicitamos prudência e esperamos reciprocidade”.

No comunicado, asseguram que “já chegou a hora de deter a distorção de suas palavras”, por isso, sublinham que em relação aos refugiados “jamais os desqualificou, mas os apoiou mais do que qualquer outra instituição”.

Sublinham que o Cardeal “não mediu esforços para ajudar tanto pessoal como institucionalmente na diocese, dispondo moradias e alojamentos, meios econômicos e administrativos, também oferecendo colaboração e disponibilidade às autoridades locais e regionais”.

Nesse sentido, também destacam as ações que o Cardeal realizou para combater a pobreza, a desigualdade social e trabalhista das mulheres e, de maneira especial, as mulheres vítimas da violência e suas famílias.

“Isto é inaudito, pois, acusam de machista um Arcebispo que defende a igualdade de homens e mulheres”, sublinham.

Além disso, declaram com “ênfase especial” que é “rotundamente falso que tenha insultado os coletivos homossexuais; é inconcebível atribuir ao Arcebispo tal atrocidade”.

“Não pode ser criticado pela confusão de termos, de uma simplificação que é muito grave pois leva ao risco de romper a autenticidade do que foi dito”, insistem e precisam que a liberdade religiosa é considerada na Constituição e que sua postura a respeito está em “perfeita comunhão com o Papa Francisco”.

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