O Papa Francisco enviou hoje um vídeo mensagem os fiéis argentinos, no qual expressou seu desejo de poder “voltar a vê-los” e lamentou que os compromissos agendados para a Ásia e a África também o impeçam de visitar o seu país natal em 2017.

No vídeo de 11 minutos, o Santo Padre mencionou a beatificação de Maria Antonia de Paz e Figueroa, conhecida como Mama Antula, no último dia 27 de agosto; e a canonização do Padre Brochero em outubro, “dois fatos muito importantes” da história da Argentina “e que eu valorizo muito”.

“Um acontecimento foi a beatificação de Mama Antula, uma mulher que ajudou a consolidar a Argentina de maneira profunda. O outro é a próxima Canonização do Padre Brochero, esse sacerdote gaúcho que teve compaixão de seus queridos serranos. Nunca é demais dizer do quanto eu gostaria de ter ido à Argentina beatificar a Mama Antula e canonizar o Cura Brochero, porém não pude fazê-lo, não é possível”, expressou.

“Vocês não sabem o quanto eu gostaria de voltar a vê-los. E tão pouco poderei fazê-lo no próximo ano, porque já estão agendados compromissos para a Ásia, África... e o mundo é maior do que a Argentina, e assim tenho que me dividir, deixo nas mãos do Senhor para que Ele me indique a data. Por isto decidi comunicar-me com vocês assim”, indicou.

O Pontífice afirmou que “o meu povo é o argentino. Vocês são importantes, eu continuo sendo argentino: “viajo com o passaporte argentino”.

Nesse sentido, agradeceu as cartas que recebe dos seus compatriotas, embora “não possa responde-las, seguramente uma que outra para fazer-me presente”. “E rezo por vocês na Missa, pelas necessidades de vocês, por cada um de vocês. É o amor pela pátria que me leva a isso”.

Francisco exortou aos argentinos: “coloquem a pátria nos ombros” e lutem por “esta cultura do encontro que supera todas estas culturas do descarte que hoje no mundo se oferecem por toda parte (…). Essa cultura do encontro que todos temos que ir construindo com a oração e com a boa vontade”.

Em seguida, o Santo Padre destacou que a Argentina é um país rico, “mas maior a riqueza que a nossa pátria tem é o seu povo” (…) “Esse povo que sabe ser solidário, que sabe caminhar um junto ao outro, que sabe ajudar-se, que sabe respeitar-se”.

“Obrigado por tudo de bom que vocês fazem a cada dia, que o Senhor os abençoe”, expressou o Papa, e antes de concluir aproveitou para recordar aos fiéis: “estamos no Ano da Misericórdia”, e “me atrevo a propor para vocês (...) que façam alguma obra de misericórdia” corporal e espiritual, “se cada um de nós faz uma ao dia, ou uma a cada dois dias, é o bem que fazemos ao nosso povo”.

“Não sei queridos irmãos, queridos compatriotas. Sinto que estou falando com vocês como se estivesse em casa”, afirmou Francisco. “Assim em meio de tudo isto, envio a minha saudação e o meu carinho. Parece um pouco estranho, mas ‘estico o tempo como um elástico’: Até logo e não se esqueçam de rezar por mim. Obrigado”.