Durante um recente encontro convocado por Actuall, o catedrático de Genética, Nicolás Jouve, assinalou que embora alguém decida mudar de sexo, “não pode mudar seus cromossomos, isso não mudará”. Ao mesmo tempo, advertiu que a ideologia de gênero “é uma corrente fundamentalista”.

É “uma corrente de imposição de algumas pessoas que são excepcionais do ponto de vista estatístico e que agora têm um apoio desmesurado”, acrescentou o cientista que participou do evento realizado na Espanha no último dia 23 de setembro.

Em seguida, indicou que “é uma corrente ideológica sem conteúdo empírico, não é genético”, confirmando que não existe o “gen gay”. “Agora se oculta a realidade biológica”, é “um movimento cultural e social, mas não biológico”, assinalou.

Também participaram do evento Mónica Lobo, mãe de uma jovem transexual, que explicou recentemente o grande sofrimento que suportou ao ver como sua filha queria mudar de sexo. “Eu não sei se percebe as coisas claramente”, além disso, qualificou todo o processo como um “calvário”.

Lobo declarou que “no setor LGTBI” asseguraram que “não cometem erros nestes casos”. Entretanto, ela duvida de quem estará ao lado destes jovens que querem mudar de sexo caso seja demonstrado que se equivocaram.

“Se com estes jovens não se contempla a possibilidade de ter se equivocado, quem irá ajudá-los, quem estará ao lado deles quando precisarem de ajuda? Preocupam-me as altas taxas de suicídio de transexuais”, declarou.

Nesse sentido, Lobo questionou o uso de pessoas, como foi o caso da sua filha, “para promover a ideologia de gênero”.

Na Espanha, mais de dez comunidades autônomas, entre as 17 que existem no país, já têm leis de diversidade sexual.

Da perspectiva da educação, Sergio Gómez Salvador, advogado e membro da Concapa Navarra (Confederação Católica Nacional de Pais de Família e Pais de Alunos), destacou que ante estas últimas leis de Proteção Integral contra a Discriminação pela Diversidade Sexual e de Gênero “a nível educativo não houve uma grande resposta”.

Estas leis obrigam, entre outras coisas, às escolas públicas e concertadas, dependentes do governo, a educar na ideologia de gênero, vulnerabilizando o direito das famílias de decidir a respeito da educação dos seus filhos.

Ignacio Arsuaga, presidente da plataforma HazteOir.org, exortou a “defender nossos direitos”. “Não podem nos impor esta ideologia e para isso o primeiro passo deve ser informar e, a partir disso, começar uma estratégia legal, mobilizações”, insistiu.

Além disso, explicou que se trata de uma lei que coloca o Estado acima dos pais, pois caso um menor queira mudar de sexo e os pais decidam levá-lo a um psicólogo, os serviços sociais poderiam intervir com um ofício contra eles.

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