A poucos dias do Senado votar a Lei de reforma do Código Civil pelo qual se equipararia as uniões homossexuais ao matrimônio e se permitiria que estes adotem filhos, associações civis e familiares enviaram aos senadores um minucioso relatório que desacredita os estudos utilizados pelo lobby homossexual e que demonstra que a decisão do Governo de seguir adiante com a reforma não tem base científica.

O documento, elaborado pela plataforma HazteOir.org com a colaboração do Foro Espanhol da Família (FEF) e o Instituto de Política Familiar (IPF), recolhe centenas de estudos científicos relativos à adoção por casais homossexuais que concluem que as crianças criados por estes “têm um desenvolvimento muito diferente dos que crescem em famílias naturais e, em muitos aspectos, prejudicial para eles”.

Do mesmo modo, o documento que reúne 200 artigos, estúdios e pesquisas; analisa a politização de certas instituições que tomaram uma postura decidida a favor da adoção de filhos por casais homossexuais.

Segundo o documento “Não é igual”, os estudos utilizados pelos defensores da lei contêm “graves enganos metodológicos” como mostras muito pequenas, “falta de aleatoriedade na seleção, grupos de controle inadequados ou usar crianças de idades muito prematuras sem realizar um acompanhamento evolutivo”, afirmou Pablo Romeu, pesquisador da área de Análise e Estudos de HazteOir.org e coordenador do estudo.

Segundo o documento, tanto nos relatórios favoráveis à adoção como nos desfavoráveis, encontram-se indícios de problemas psicológicos nos menores, como auto-estima baixa, estresse ou transtornos de identidade sexual. Do mesmo modo, informa a plataforma civil, abundam “os problemas nas relações interpersoais das crianças: insegurança a respeito de sua vida futura em casal e a ter filhos, rechaço do companheiro ou companheira do progenitor homossexual como figura materna/paterna ou preferência por viver com o outro progenitor.

Outros aspectos

O estudo também aborda outros aspectos da vida em casal dos homossexuais, achando uma predisposição muito major à instabilidade ou infidelidade do casal ou os transtornos psicológicos. Segundo os dados oficiais de países que têm um modelo similar ao que pretende instalar-se na Espanha, o índice de ruptura é muito maior. Na Suécia, o índice de ruptura em casais homossexuais é de 37 por cento superior aos casais heterossexuais e 200 por cento maior nas formadas por lésbicas. “A instabilidade inerente a este tipo de casal não é absolutamente benéfica para o menor”, afirma Romeu.

O relatório inclui estudos “que demonstram o prejuízo que causa nas crianças a ausência de um pai ou uma mãe e que os menores procuram o pai ou mãe ausente em conhecidos do sexo contrário ao do casal homossexual”.

“Este relatório pretende evitar que se tomem medidas apressadas com dados falsos e oferecer um ponto de partida para o diálogo em um tema muito politizado”, conclui Romeo.

Por sua vez, o presidente de HazteOir.org, Ignácio Arsuaga, declarou que “não se pode legislar em função de estudos de escassa profundidade técnica e metodológica pouco confiável que não podem qualificar-se como cientistas”. “A mera possibilidade de um dano para a criança deveria paralisar imediatamente esta lei”, acrescentou.

O relatório “demonstra a falsidade da afirmação lançada em seu dia pelo Executivo de que o 10% da população é homossexual, quando sabemos pelo próprio Instituto Nacional de Estatística que a cifra é inferior aos 0,1%”, indica Arsuaga. "É uma pena que os cientistas façam política e os políticos tratem de fazer ciência”, afirma.

Pode-se acessar ao documento através do site:   http://www.hazteoir.org.