O Bispos da Diocese de Guarda (Portugal), Dom Manuel Felício, rezou na manhã desta quinta-feira, durante uma peregrinação ao Santuário de Fátima, pelas vítimas do terremoto que atingiu a Itália na madrugada de quarta-feira e também por aquelas pessoas que sofrem com a guerra.

“Lembra-nos Maria, nesta que é a sua casa, o sofrimento de quantos foram vítimas do terramoto que semeou morte e destruição no centro de Itália”, pediu o Prelado à Nossa Senhora, ao ressaltar que “Fátima foi e continua a ser lugar de misericórdia sobretudo porque o coração da Mãe de misericórdia nos lembra continuamente a caridade com que Deus nos amou”.

Dom Felício presidiu a Santa Missa na Basílica da Santíssima Trindade inserida na peregrinação da Diocese de Guarda, que acontece há mais de 60 anos.

Ao recordar o terremoto de magnitude 6,2 graus ocorrido na madrugada de ontem no centro da Itália e que até o momento causou 247 mortes, o Bispo pediu “a consolação de Deus e a solidariedade dos irmãos”.

“Respondendo ao apelo ontem mesmo feito ao mundo pelo Papa Francisco – exortou –, rezemos pelos falecidos e pelos sobreviventes, mas também para que a solidariedade e a caridade cristã possam minimizar ao máximo os inevitáveis sofrimentos provocados por este terremoto”.

Na quarta-feira, após ter notícias do terremoto, o Papa Francisco decidiu anular a catequese prevista para a Audiência Geral e convidou todos os presentes na Praça de São Pedro a rezar o terço pelas vítimas do sismo.

Na Missa desta manhã, Dom Felício relembrou ainda os que sofrem em outras circunstâncias, em meio ao conflito, sobretudo no Oriente Médio. “Hoje continua a morrer gente na Síria, em uma guerra fratricida sem fim à vista”, lamentou.

“A luta pela cidade de Aleppo faz diariamente um número incontornável de vítimas mortais e outras que são atingidas pela fome, pela sede e pela falta de medicamentos, mesmo no Iraque com a guerra que está travada às portas de Mossul. O Papa Francisco pede-nos para não cedermos à tentação da indiferença”, sublinhou o Prelado.

Nesse sentido, declarou que “nesta nossa peregrinação, queremos confiar ao coração de Nossa Senhora estas e outras situações que fazem sofrer pessoas, pedindo-lhe a sua intercessão e na certeza de que o coração de uma Mãe nunca fica indiferente aos sofrimentos dos seus filhos”, tendo por exemplo, a “disponibilidade de Maria para ajudar a sua prima Santa Isabel, quando essa ajuda era mais necessária”.

“Que Maria Santíssima não nos falte com a sua ajuda e proteção materna nos caminhos extraordinários de misericórdia que nos propõe”, concluiu.

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