O encarregado de comunicações da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV), Pe. Pedro Pablo Aguilar, informou que até o momento não receberam um convite formal do governo a fim de que a Igreja participe como mediadora no diálogo com a oposição para tirar o país da crise em que se encontra.

No dia 21 de julho, depois de se reunir com o presidente Nicolás Maduro, o secretário geral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, informou que o governo tinha aceitado a condição exigida pela oposição para que a mesa de diálogo entre ambos “fosse acompanhada pelo Vaticano”. “Acho que é uma boa notícia que haja uma aceitação conjunta desta solicitude”, expressou o ex-presidente colombiano.

Entretanto, em declarações difundidas no último dia 25 de julho pelo jornal venezuelano ‘El Tiempo’, o Pe. Aguilar assinalou que até o momento não chegou um convite formal ao Episcopado ou à Santa Sé.

“Diferentes atores da sociedade manifestaram o desejo de que a Igreja participe do diálogo; e mencionaram o Vaticano. Na verdade, não temos nenhuma informação de que estejam sendo feitas organizações: à Conferência Episcopal Venezuelana não chegou nenhum convite formal e não sabemos acerca destes pedidos ao Vaticano”, indicou.

O encarregado de comunicações afirmou que “o episcopado venezuelano está disposto a servir no diálogo”. Entretanto, esclareceu que “isto não significa que tenhamos a solução para o que acontece, mas podemos mediar entre as partes a fim de que esse encontro nos leve à paz, ao bem comum”.

As declarações do Pe. Aguilar foram dadas dois dias após o porta-voz da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, ter indicado que “no momento atual não chegou nenhuma comunicação oficial nem à Nunciatura, nem à Secretaria de Estado, que apresente e especifique o conteúdo e os detalhes de uma solicitação deste tipo”.

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