A Comissão Episcopal de Pastoral Familiar do Episcopado Mexicano emitiu um comunicado no quealse afirma que "a vida é um dom imenso recebido gratuitamente do Criador", em resposta ao projeto de lei apresentado pelo PRD para legalizar a eutanásia.

"A vida é digna porque tem sua origem e destino em Deus; é nossa mas não podemos dispor dela como se se tratasse de uma coisa. A vida é, com efeito, a premissa para todos os valores, direitos e deveres da pessoa", afirmam os bispos mexicanos.

Do mesmo modo, assinalam que "a vida nos é confiada a nossa responsabilidade para que a custodiemos e a levemos a sua perfeição pelo amor e o dom sincero de nós mesmos a nossos irmãos".

Para os bispos mexicanos a iniciativa de legalizar a eutanásia "se move no contexto de uma cultura que desconhece a verdadeira vocação do ser humano e que reduz o sentido da vida humana à capacidade de gozar, em uma perspectiva de qualidade de vida apoiada no bem-estar corporal, psicológico e social, na produtividade, no prestígio".

"Dita postura –prosseguem– aparentemente compassiva frente ao sofrimento humano, vê este só como fonte de amargura e negatividade" e acrescentam que "para quem tem fé em Cristo Jesus, Ele nos mostra uma atitude superior frente ao sofrimento, pois foi o caminho pelo que Cristo nos redimiu"

"Não se pode dispor da própria vida ou da vida de outros com o pretexto de respeitar a autonomia, dado que o valor transcendente da vida e da liberdade responsável se mostra precisamente no respeito, a defesa e a promoção da dignidade da vida humana", advertem.

Recordam também que "a eutanásia é sempre uma forma de homicídio ou de suicídio, que se chegasse a ser legalizada teria enormes repercussões sociais ao desconhecer o limite imposto pelo valor sagrado de toda vida humana, com o qual a justiça ficaria relativizada e a confiança nos médicos –verdadeiros agentes de vida– ficaria comprometida ao pretender-se implicá-los em ações de morte. Daí que toda pessoa de boa vontade deva opor-se terminantemente à pretensão de legalizar este crime terrível".