Um estudo realizado pela empresa chilena Latinobarómetro revelou que a Igreja continua sendo para 75 por cento dos latino-americanos a instituição mais confiável e respeitada, acima de políticos, jornalistas, empresários, policiais e membros do poder judicial.

Marta Lagos, diretora de Latinobarómetro, afirmou que isto demonstra que face à diminuição de católicos no continente de 80 por cento em 1995 a 71 por cento em 2004, a Igreja se mantém como "líder moral e fonte de legitimidade" para os habitantes e "permanece como o referente mais sólido de cada uma das sociedades latino-americanas". Prova disso é o crescimento, em nove anos, da percentagem de pessoas que confiam na Igreja. Cresceu de 67 a 75 por cento.

O estudo, publicado pelo analista argentino-norte-americano Andrés Oppenheimer em sua coluna do jornal La Vanguardia, foi realizado em 2004 em dezessete países da América Latina.

Lagos explica que a Igreja na América Latina experimenta "um declínio relativamente leve" se comparada com a Europa, "onde os católicos já se tornaram uma minoria em muitos países".

Entretanto, conforme a pesquisa, o número de evangélicos no continente cresceu de 3 por cento em 1995 paraa 13 por cento em 2004; enquanto que a percentagem de quem não se identifica com nenhuma religião subiu de 4 para 8 por cento no mesmo período de tempo.

Segundo o estudo, os países com maior população Católica da América Latina são o Equador e Paraguai com 84 por cento, seguidos pela Venezuela com 83 por cento, Argentina e Colômbia com 81 por cento, México com 78 e Peru com 77 por cento. O país com menos católicos é o Uruguai com 51 por cento. Do total de pessoas que se declaram católicos, 42 por cento se considera praticante.