O médico e coronel tunisiano Fathi Bayoudh ia se encontrar com a sua esposa no aeroporto Ataturk de Istambul, na Turquia, na noite de 28 de junho, para em seguida partir à uma aldeia localizada na fronteira com a Síria a fim de resgatar o seu filho único, Anuar, das mãos do Estado Islâmico (ISIS).

Entretanto, nessa na mesma noite um grupo de terroristas muçulmanos explodiu algumas bombas dentro do terminal, causando a morte de Bayoudh e outras 40 pessoas presentes neste local.

Anuar, de 26 anos, tinha abandonado a família para se unir ao Estado Islâmico na Síria no começo de 2016.

Inicialmente, seus pais pensavam que Anuar viajava à Suíça para práticas profissionais. O jovem teria seguido outro caminho, passou pela França e pela Turquia para se alistar ao Estado Islâmico no Iraque, antes de chegar à Síria.

Algum tempo depois, ele ficou desencantado pelo grupo terrorista, desertou e foi preso pelas autoridades turcas perto da fronteira com a Síria.

O Dr. Bayoudh havia chegado à Turquia algumas semanas antes do ataque para encontrar com o seu filho. Informado pela embaixada da Tunísia nesse país de que ele estava nas mãos das autoridades turcas, o médico fez um acordo com sua esposa que se encontrariam no aeroporto de Istambul para buscá-lo.

Mas isto nunca aconteceu. Segundo as autoridades, a mulher ficou ilesa durante o atentado.

Entrevistada pelo jornal americano ‘The New York Times’, Leyla Njim, amiga próxima da família, descreveu o Dr. Bayoudh como “um homem muito generoso, animado e sempre muito ativo”.

Bayoudh esteve responsável pelo departamento de pediatria do hospital militar na cidade de Túnis.

Njim disse ao jornal que o médico lamentava profundamente a conversão do seu filho ao radicalismo islâmico, pois o “amava muito” e “faria qualquer coisa por ele. Foi lá para trazê-lo de volta” para casa.

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