Com uma temática pró-vida e brilhante produção artística, o filme “Doonby” estreia no Brasil nesta quinta-feira, 16 de junho, mas em sua pré-estreia em algumas cidades do país a produção já veio movimentando e comovendo o público em sessões que contaram com a presença do diretor britânico Peter Mackenzie. O filme foi um sucesso em outros países como a Polônia e Estados Unidos e será distribuído no país pela Estação Luz Filmes.

O longa já teve sua pré-estreia em Brasília (6 de junho), Goiânia (dia 7) e São Paulo (dia 9), sendo que no Distrito Federal, após apresentar a obra, Mackenzie também esteve presente na 9ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida contra o Aborto, em 7 de junho.

Para além da temática, o caráter pró-vida do filme se mostra ainda com a participação de Norma McCorvey, que debuta como atriz. Ela é a mulher que impulsionou a despenalização do aborto nos Estados Unidos e logo se converteu em defensora da vida e abraçou o catolicismo.

“Doonby” é apresentado como um thriller psicológico. No filme, é narrada a história de história de Sam Doonby (John Schneider), um misterioso homem, que aparece em uma pequena cidade do Texas para evitar terríveis desgraças. A trama de fundo mostra um profundo questionamento sobre tudo o que pode ser perdido com o aborto.

Sam Doonby é um homem solitário e misterioso, que viaja de uma cidade para outra na tentativa de encontrar um local para viver de forma tranquila e honesta. Até que chega a uma pequena e pacata cidade do Texas, onde consegue emprego como barman no único bar e ponto de encontro da cidade.

Logo desperta a atenção de todos por ser um forasteiro, mas também porque se envolve em pequenos atos de heroísmo. Chama também a atenção das mulheres por ser um homem atraente.

Assim, não demora muito e atrai a atenção de Laura (JennGotzon), uma jovem bonita e mimada, filha do rico e influente Dr. Cyrus Reaper (Joe Estevez) e Barbra Ann Reaper (Jennifer O'Neill). No entanto, um encontro entre Sam e o Dr. Cyrus desperta fantasmas do passado que atormentam Sam até hoje.

No Brasil, o longa é distribuído pela Estação Luz Filmes, que também trouxe para o país o documentário “Blood Money” e produziu o filme “Eu, Vitória”, ambos com temática pró-vida.

O produtor e diretor da Estação Luz, Luis Eduardo Girão, obteve os direitos de distribuição de “Doonby” há mais de um ano, quando assistiu ao filme nos Estados Unidos. “Desde que assisti pela primeira vez decidi colocá-lo no nosso portfólio, mas preferimos esperar um pouco mais e acho que agora chegou o momento de lançá-lo “, explicou.

Segundo com Girão, a temática de “Doonby” está alinhada à proposta da Estação Luz, porque “é uma história que nos faz pensar como a vida vale a pena e o que cada um pode fazer para tornar o mundo melhor para todos”.

De acordo com o diretor britânico, descobrir que Norma McCovey vivia precisamente no vilarejo onde o filme seria gravado foi “simplesmente impressionante”.
“Apesar de ela nunca ter aparecido em um filme, eu a persuadi a fazer um papel, um personagem que tenta persuadir uma das personagens principais do filme a não ir adiante com o plano de interromper sua gestação. Ela esteve muito bem no filme, ninguém se dava conta que ela não era uma atriz profissional muito menos que era a verdadeira Jane Roe, do caso Roe vs. Wade”, afirmou McKenzie em entrevista a ACI Digital.

Roe vs. Wade foi o processo em que Norma McCorvey apelou à Corte Suprema para ter um aborto de forma legal. Após revisar o seu caso, o Tribunal despenalizou o aborto em todos os 50 Estados em 1973. McCorvey, que teve seu bebê enquanto o caso era analisado e o deu em adoção, arrependeu-se e hoje luta por ver esta sentença revertida.

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