Foi confirmado hoje que o Papa João Paulo II beatificará  65 mártires da Guerra Civil Espanhola –assassinados entre  1934 e 1939– que incluem religiosos e religiosas Carmelitas, um irmão marista e um seminarista.

Os futuros beatos são 14 carmelitas descalços, liderados pelo Padre Lucas de São José –cujo nome de batismo era José Tristany Pujol–, e 44 Irmãos das Escolas Cristãs, liderados por Leonardo José –cujo nome foi José Maria Aragonés Mateu–.

Também serão proclamados beatos a superiora das Irmãs Carmelitas da Caridade, Apolônia do Santíssimo Sacramento Lizarraga e Ochoa; as freiras carmelitas missionárias  Esperança da Cruz, Maria do Refúgio do Santo Anjo, Daniela de São Barnabé e Gabriela de São João da Cruz, e o seminarista catalão José Casas Ros, assassinado com 20 anos.

O Papa também aprovou a beatificação do marista Plácido Fabrega Juliá, conhecido como frei Bernardo, assassinado na cidade de Barruelo em 1934 nos anos em que começou a perseguição religiosa na Espanha.

Mais um

O número de futuros beatos espanhóis subiu nesta manhã para 66 com o reconhecimento de um milagre atribuído à intercessão do dirigente cristão, médico e presbítero Pere Tarrés i Claret, conhecido como o “sacerdote dos pobres”.

Filho de uma família operária catalã, Pere Tarrés (1905-1950) exerceu a profissão de médico em Avinyó, Monistrol de Calders e o bairro de Gràcia de Barcelona e foi um dos fundadores da Federação de Cristãos da Catalunha.

Depois de serem perseguidos por causa da militância católica, serviu como médico no exército republicano durante a Guerra Civil. Finalizada a contenda, ingressou no seminário de Barcelona e foi ordenado presbítero em 1942. Foi vigário de Sant Esteve Sesrovires, diretor do Secretariado diocesano de Beneficência -da qual nasceria a Cáritas- e  fundador da Obra Benéfica Antituberculosa.