A Audiência Geral desta quarta-feira na Praça de São Pedro contou com um convidado muito especial: um cão São Bernardo que entrou no local com seu próprio ingresso de convidado.

Trata-se de Magnum, que tem a missão de salvar simbolicamente a região de São Bernardo, localizada entre a Itália e a Suíça. A história remete ao ano 1035, quando foi construído, sobre o caminho que existe para os Alpes, um hospital de uma congregação de cônegos regulares, por obra de Bernardo de Menthon, a fim de recuperar, assistir e proteger os viajantes que chegavam neste local.

A partir do século XVI, os eclesiásticos do hospital tinham grandes cães que, com o passar do tempo, ficaram conhecidos como de raça São Bernardo, que ajudavam no resgate dos viajantes e tinham, entre outras habilidades, a de pressentir as avalanches de neve nesta região.

Magnum recordou assim o extraordinário trabalho que os cães de sua raça desenvolveram durante anos nessa região da Itália e inaugurou a candidatura do “São Bernardo – hospital-cachorro-ruas” como patrimônio cultural da UNESCO.

Nesta ocasião, também estiveram presentes alguns membros da Fundação Barry, que promove esta iniciativa, e explicaram a Francisco os detalhes da mesma.

A fundação toma o nome de um dos primeiros cães que os cônegos usaram nos trabalhos de resgate.

Barry, um dos primeiros cães da raça São Bernardo, viveu 14 anos e dizem que salvou a vida de mais de 40 pessoas. Quase morreu em 1812, quando foi confundido com um lobo e a pessoa que tentava resgatar o esfaqueou.

Barry sobreviveu, mas já não podia desempenhar nenhuma missão. Então, foi enviada para Berna, onde passou os dois últimos anos da sua vida.

Quando morreu, tinha se tornado lenda. Seu corpo foi dissecado e é conservado no Museu de História Natural de Berna, na Suíça.

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