Até o momento há 93 mortos e 165 feridos devido aos três atentados suicidas com carros bombas cometidos na quarta-feira pelo Estado Islâmico (ISIS), em Bagdá (Iraque), um dos quais teve como objetivo um mercado.

 

Conforme informações, o primeiro ataque – e o mais sangrento – ocorreu no mercado do bairro de maioria xiita da Cidade Sadr, no leste de Bagdá, no qual 64 pessoas foram assassinadas e 87 ficaram feridas. Entretanto, a polícia local disse que o número de vítimas pode aumentar.

A agência de notícias Amaq, vinculada ao ISIS, qualificou os atentados como “uma operação de martírio”. Normalmente Cidade Sadr é alvo dos ataques do ISIS, formado por extremistas sunitas.

Os outros dois atentados ocorreram no bairro xiita de Kazimiyah e outro bairro misto sunita-xiita de Jamea em Bagdá.

Na segunda-feira passada, outro carro bomba do ISIS causou a morte de 11 pessoas e 40 ficaram feridas em um mercado localizado no nordeste de Bagdá. Em fevereiro, este grupo fundamentalista foi responsável pelo falecimento de 55 pessoas e mais de 100 feridas em um duplo atentado suicida.

No Iraque a morte se tornou cotidiana

O Patriarca Caldeu de Bagdá, Dom Louis Sako, lamentou estes assassinatos e assinalou que “a morte se converteu em um fenômeno cotidiano” no Iraque, onde existe “um vazio de poder, pois o governo ainda não está formado e o Parlamento falhou”.

“Há tanta corrupção… o futuro, portanto, é verdadeiramente desconhecido (…), as pessoas estão cansadas e perderam a paciência. Necessitamos de ações concretas que acabem com esta tragédia, com a fuga de cristãos e tantos outros”, expressou nesta quarta-feira à Rádio Vaticano.

Em suas declarações o Prelado disse que não existe uma visão da comunidade internacional para encontrar uma solução para esta crise. “Os países perseguem seus próprios interesses, mas não levam em consideração também os interesses destes povos. E ninguém sabe o que acontece melhor do que nós!”, expressou.

Por isso, Dom Sako exortou a escutar os próprios iraquianos para encontrar uma solução. “Estas guerras têm muitos anos. Depois do ISIS virá outro problema. Além disso, quando voltarem para suas casas, encontrarão tudo em ruínas. Não têm dinheiro para reconstruir as casas; faltam os serviços e o trabalho”. “Não há uma solução autêntica e justa”, exclamou.

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