Roma acolheu no último domingo a sexta edição da Marcha pela Vida, na qual participaram milhares de pessoas que quiseram mostrar seu ‘sim’ à vida e sua condenação ao aborto.

Os manifestantes partiram às 9h (hora local), da Praça Boca da Verdade e chegaram pouco antes do meio-dia à Praça de São Pedro, onde ao final o Papa Francisco lhes dirigiu uma breve saudação.

A porta-voz da Marcha, Virginia Coda Nunziante, comentou à Rádio Vaticano: “Estamos a favor da vida do seu início ao fim”. “Procuramos solucionar o problema na Itália acerca do drama do aborto e da aprovação da Lei 194, a qual assassinou 5 milhões 700 mil crianças desde sua aprovação até o dia de hoje na Itália; e claramente também sobre o problema do final da vida: estamos contra uma lei de eutanásia que já está sendo discutida no Parlamento”, acrescentou.

A porta-voz explicou ainda que, “para nós, é muito importante criar uma verdadeira cultura da vida, também porque não existe substituição geracional”.

Com relação a este tema, indicou: “Na Itália temos 1,3 filhos por mulher e nos preparamos daqui ao ano 2020 para ter 0,8. Por isso, nosso país não tem substituição e isto infelizmente também acontece em outros países da Europa”.

Frente a isto, “pedimos ao governo italiano que, ao invés de gastar 200 milhões de euros por ano pela Lei 194 nos hospitais, entregue este dinheiro às famílias a fim de incentivar os nascimentos”.

De um ponto de vista econômico, “a economia novamente estaria bem”. “Também os economistas o dizem e também disse o diretor de Morgan Stanley: até que a demografia italiana não se recupere, jamais poderão sair da crise econômica”. Por isso, “a cultura da vida está na base de tudo”.

Nesse sentido, a respeito da Marcha pela Vida, sublinhou: “Esta realmente busca sensibilizar 360 graus sobre um tema que em nossa sociedade é muito importante”.

A Marcha pela Vida 2016 teve o apoio de 114 associações estrangeiras de 29 países do mundo inteiro. O maior número de adesões foi dos Estados Unidos, com 29; em seguida estão as da França, Espanha, Bélgica, Irlanda, Canadá e Polônia. Na manifestação participaram os principais líderes pró-vida de alguns destes países.

Entre aqueles que expressaram seu total apoio também estão o Cardeal Gerhard Ludwig Müller, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé; o Cardeal George Pell, Prefeito da Secretaria para a Economia da Santa Sé; o Cardeal Robert Sarah, Prefeito da Congregação para o Culto Divino; e o Arcebispo Paul Richard Gallagher, Secretário para as Relações com os Estados.

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