Durante a marcha pelo Dia do Trabalhador no Chile, um grupo de desconhecidos atacou com um coquetel molotov a Paróquia Sagrado Coração de Jesus localizada no centro de Santiago.

“Entraram, destruíram a grade, algumas imagens que estavam no pátio da Paróquia, lançaram um coquetel molotov, incendiando desta maneira uma porta da igreja”, relatou o Pe. Marek Bursawa, vigário da região central da Arquidiocese de Santiago.

“É lamentável esta atitude e realmente chocante ver as imagens que conseguimos observar graças às câmaras de segurança, nas quais se vê como uma jovem lança a bomba sobre a porta da igreja”, afirmou o sacerdote em um comunicado.

A marcha do dia 1º de maio, organizada pela Central Unitária de Trabalhadores do Chile (CUT), se soma à lista de manifestações cidadãs de distintas índoles que destroem templos católicos, como é o caso da histórica igreja da Gratitud Nacional, que em mais de uma ocasião foi vítima de ataques durante as marchas estudantis de 2015.

O Pe. Bursawa afirmou que “como sociedade devemos nos perguntar o que acontece com as manifestações e perguntar às autoridades que convocam e autorizam estas manifestações o que acontece e quem responde eventualmente pelos danos causados”.

Por outro lado, em declarações aos jornalistas, o sacerdote disse que devido a estes incidentes algumas pessoas “perderam muitos bens” e lamentou que “os vizinhos deste local sempre sofrem as consequências destas manifestações”.

Quanto aos danos causados, o Pe. Bursawa assinalou que se encontram em um processo de avaliação e destacou que “esta igreja é patrimônio nacional, portanto, antes de fazer qualquer tipo de reparação deverão pedir as permissões correspondentes”.

Em seguida, informou que “estamos revisando estas imagens e avaliando as possíveis ações legais”.

A igreja do Sagrado Coração de Jesus funciona como Paróquia desde 1912 e por longo período foi a sede do Vicariato da Pastoral Operária fundada pelo Cardeal Raul Silva Henríquez em 1977.

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