O Arcebispo de Maracaibo na Venezuela, Dom Ubaldo Santana, advertiu que a atual crise que o país vive é “a mais difícil e arriscada em anos”, entretanto, exortou a não cair no fatalismo mas confiar “na presença amorosa e salvadora de nosso Deus que nunca nos abandonou”.

 

O Prelado fez esta advertência em um comunicado emitido no último dia 28 de abril junto ao Bispo Auxiliar, Dom Ángel Francisco Caraballo, por ocasião dos 50 anos de criação da Arquidiocese de Maracaibo.

“Com o coração agradecido e espírito alegre pela celebração destes cinquenta anos de trabalho eclesiástico, queremos ao mesmo tempo ter muito presente a grave situação vivida pela Venezuela atualmente. Sem temor a nos equivocar podemos assinalá-la como a mais difícil e arriscada em muitos anos”, assinalou o Prelado, que também chama os fiéis a solidarizar-se com o comunicado da Presidência do Episcopado publicado no último dia 27 de abril.

Dom Santana pediu aos venezuelanos não usar “meios violentos para a resolução dos problemas que afligem a todos”, mas exercer a paciência e perseverança cristã “para resistir ao mal, seja de onde for”; e procurar formas de entendimento através do diálogo para “recolher frutos de paz e empreender a construção de uma sociedade fraterna, que respeite a dignidade e os direitos de todos os venezuelanos”.

“Junto aos bispos venezuelanos recordamos que ‘o momento atual suporta algumas exigências que todos devemos assumir em favor do bem comum. Os dirigentes políticos, sociais, empresariais, corporativos e religiosos estamos chamados a dar testemunho tangível de responsabilidade e de compromisso de amor a nossa pátria’”, assinalou.

Além disso, recordou a mensagem que o Papa Francisco enviou a todos os venezuelanos no dia da Páscoa de Ressurreição.

Em seu texto, Francisco recordou que “Deus venceu o egoísmo e a morte com as armas do amor; seu Filho, Jesus, é a porta da misericórdia, aberta para todos de par em par”.

Portanto, pediu “que sua mensagem pascal se projete cada vez mais sobre o povo venezuelano, nas difíceis condições que vivem, assim como sobre os que têm em suas mãos o destino do país, para que trabalhem em favor do bem comum, procurando formas de diálogo e colaboração entre todos. E que seja promovida em todo lugar a cultura do encontro, a justiça e o respeito recíproco, o único pode assegurar o bem-estar espiritual e material dos cidadãos”.

Dom Santana concluiu seu comunicado pedindo à Virgem de Chiquinquirá que “continue intercedendo por este seu querido povo que ‘na vida e na morte ama e luta, canta e reza’”.

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