A Conselheira de Saúde da Cataluña, Marina Geli, reconheceu que as campanhas para frear o avanço das enfermidades de transmissão sexual (ETS) e do AIDS através da distribuição de preservativos fracassaram, mas não aceitou incluir a abstinência e fidelidade dentro das políticas de prevenção.

Em um artigo publicado pelo ForumLibertas.com se faz referência ao Relatório 2004 do Sistema Integrado de Vigilância Epidemiológica do VIH/sida, apresentado por Geli em 4 de maio passado.

Na apresentação, a conselheira reconheceu que na Cataluña aumentou o número de contágios de ETS. Geli alertou que os casos de AIDS também podem aumentar devido a que a via de contágio é a mesma.

“Há evidências de que desde 2000 o risco por contágio destas enfermidades aumentou”, afirmou. Para  Geli, “dado que o mecanismo de transmissão é o mesmo que o do vírus do AIDS”, no futuro podem aumentar “as infecções pelo VIH”.

Segundo ForumLibertas, a informação dada por Geli coincide com outros estudos feitos a nível nacional, que somados a uma recente pesquisa do Instituto Nacional de Estatística, leva a conclusão de que “o aumento do uso do preservativo não reduz a enfermidade”.

Por isso, questiona “por que este e outros governos anteriores têm tanto receio a pôr em prática campanhas integrais” que incluam entre os métodos de prevenção a abstinência e fidelidade, que permitiram reduzir substancialmente o AIDS em países como Uganda e que obrigou ao Reino Unido a recomendar estas práticas entre os jovens.