O Arcebispo de Resistência, Dom Carmelo Giaquinta, recordouao Papa João Paulo II e assinalou que a era da globalização implica  um “chamado universal à santidade”.

Segundo o Arcebispo, este é “um ideal que não tem que ser mal-entendido, como se implicasse uma espécie de vida extraordinária, viável só por alguns ‘gênios’ da santidade.

Os caminhos da santidade são múltiplos e adequados à vocação de cada quem. É o momento de propor de novo a todos com convicção este alto grau da vida cristã ordinária. A vida inteira da comunidade eclesiástica e das famílias cristãs deve ir nesta direção”.

Do mesmo modo, considerou que durante os últimos meses, a Igreja viveu uma situação análoga a que viveram os apóstolos com a paixão, morte, ressurreição e ascensão do Senhor.

“Com a agonia, morte e solene funeral do João Paulo II ; e a posterior eleição do Bento XVI, possivelmente convenha que como aos apóstolos, alguém também nos remova para nos fazer aterrissar. ‘Por que seguem olhando ao céu?'. A solenidade da Ascensão é muito propícia para isso”, indicou.

Dom Giaquinta assinalou que embora a modernidade trouxe como ingrediente novo a espectacularidade, entretanto, esta “não acrescenta nada” à missão que deve cumprir o cristão, “salvo uma maior responsabilidade, pois faz ver quão importante é cada cristão e a missão que lhe toca cumprir. Vivemos em um mundo globalizado, convertido em uma grande aldeia, onde um pequeno gesto pessoal repercute instantaneamente no outro extremo do mundo. globaliza-se o mal, a confusão, mas se pode globalizar o testemunho, a solidariedade. Embora na era da globalização a imensa maioria segue permanecendo no anonimato, este fenômeno permite captar melhor como cada um é único e insubstituível. A maré humana que em poucos minutos encheu a Praça São Pedro quando houve ‘fumata bianca’, não teria existido sem cada uma dessas centenas de milhares de pessoas anônimas que concorreram espontaneamente na Praça”, anotou Dom Giaquinta.

Em outro momento de sua mensagem, disse o Prelado que “embora todos aspiramos ao Céu, temos que caminhar pela terra cumprindo nossa missão, cada qual segundo sua própria vocação. Cumprir a missão aqui é o trampolim necessário para chegar lá. A missão é comum. A missão do fiel cristão não é diferente da do bispo. Ambos devem dar testemunho de Jesus Cristo com a palavra e o exemplo”, concluiu.