O secretário geral da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), Dom José Daniel Falla Robles, expressou o rechaço da Igreja nesse país à recente legalização do casamento homossexual.       

No dia 7 de abril, por uma votação de seis contra três magistrados, a Corte Constitucional da Colômbia legalizou o casamento gay no país, em uma decisão que o procurador geral da Nação, Alejandro Ordóñez, considerou que “está impondo uma concepção ideológica contra a mesma Constituição”.

A Carta Magna colombiana, em seu artigo 42, assinala que “a família é o núcleo fundamental da sociedade. Constitui-se por vínculos naturais ou jurídicos, pela decisão livre de um homem e uma mulher de assumir o casamento ou pela vontade responsável de conformá-lo”.

Em declarações recolhidas na página da CEC, Dom Falla Robles expressou o “sentimento de dor” da Igreja na Colômbia frente à sentença da Corte Constitucional.

“Dor de pátria” e um sentimento “de desconcerto”, indicou o Prelado, pois “é terrível que precisamente nossos magistrados cheguem a atentar contra a sociedade dessa maneira”.

O secretário geral da CEC pediu aos magistrados que “pensem bem no que estão fazendo e como em vez de ter colocado bases sólidas para a sociedade, estão destruindo as bases de nossa sociedade”.

Consultado se acredita que os magistrados da Corte Constitucional esqueceram o conteúdo da Carta Magna colombiana, Dom Falla Robles indicou: “Não sei se esqueceram ou se a manipularam, porque finalmente para proteger as minorias não podemos nunca passar por cima do bem comum e o bem comum está estabelecido em nossa Carta Magna”.

A Constituição, sublinhou, “estabelece onde está a base do casamento e este é entre um homem e uma mulher”.

“Não pretendam desconhecer a Constituição Política, a qual nos dá a garantia de uma estrutura sólida da nação”, pediu o Prelado aos magistrados.

O secretário geral da CEC fez um apelo a toda a população colombiana a fim de que reflita sobre “quem são os magistrados que nos estão colocando e quem são as pessoas que estão colocando leis que tem uma ordem diferente e que vão mudando o que nós desejamos que seja a pátria”.

“Não podemos aceitar definitivamente que nos imponham coisas contrárias à nossa natureza”, assinalou.

O Prelado também exortou os educadores e pais de família a assumir sua “responsabilidade no momento de educar os seus filhos”, assim como “desconhecer alguma série de leis se for necessário, que vão atentar contra a própria família e contra a própria vida”.

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